Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região - Divulgação

Diante das exigências impostas e do processo de reinvenção frente ao cenário pandêmico, Sinpro Macaé e Região e Fiocruz realizam pesquisa sobre as condições de trabalho dos professores

O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino de Macaé e Região (Sinpro Macaé e Região) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizarão uma pesquisa, a fim de diagnosticar as condições de trabalho dos professores frente ao cenário pandêmico, visto que colaborando com o isolamento social, principal medida protetiva no combate à propagação do coronavírus, as suas atividades vêm acontecendo remotamente. O objetivo central dessa parceria inédita realizada com o setor privado no Brasil é criar, através dessa pesquisa ferramentas que cooperem com a saúde e o bem-estar dos docentes neste momento atípico de transformações. A iniciativa será dividida em três etapas e acontecerá por videoconferência.

Segundo Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região, o sindicato, que vem debatendo essa situação desde o início da pandemia no município, identificou que, por conta da situação excepcional, a crise sanitária exigiu que os professores se reinventassem de alguma forma, passando exclusivamente de presencial, no caso da educação básica e ensino superior também, para um novo processo de ensino-aprendizagem, estabelecendo novas formas em relação à metodologia e o próprio contrato de trabalho dos mesmos. “Nosso intuito é tratar justamente esse novo processo, diferentemente do trabalho executado em sala de aula que passou a ser feito à distância. Ou seja, o trabalho remoto vem sendo uma nova modalidade e forma contratual de trabalho excepcional pelos docentes e, diante da série de denúncias que recebemos sobre a questão da sobrecarga, o sindicato encaminhou orientações sobre os direitos trabalhistas e os protocolos de saúde”, ressalta.

Profª. Drª. Kátia Reis de Souza, coordenadora da pesquisa. – Divulgação

A pesquisa é coordenada pela Profª. Drª. Kátia Reis de Souza, graduada em Serviço Social, mestre em Educação em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. Já integrou a coordenação do Centro de Estudo da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fiocruz (CESTEH) e coordena, atualmente, o grupo de pesquisas do mesmo. No primeiro dia do encontro virtual, 18 de julho, participarão os professores do Ensino Fundamental I, do 1º ao 5º ano. No dia 25 de julho, os do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano e, no dia 1º de agosto, os professores do Ensino Médio. A programação acontecerá das 10h às 11h30 nos três dias de evento. No primeiro encontro, os docentes poderão dialogar e trocar experiências sobre como tem sido esse momento.

De acordo com a presidente do Sinpro é necessário perceber que esse processo e isolamento contribuíram de algum modo no adoecimento de alguns profissionais desta categoria. “Essa preocupação fez com que buscássemos pela Fiocruz, que é uma instituição de referência e renomada no Brasil e fora, para que pudesse acompanhar junto a nós essa situação dos docentes de Macaé e região”, pontua.

Ainda em prol do bem-estar dos profissionais, a Fiocruz distribuirá uma caderneta de saúde e trabalho para que os professores possam se abrir, registrando o que vem passando nesse cotidiano que elucida a importância da preservação da vida. Após a programação, haverá um seminário virtual aberto a todos os professores de Macaé e região, com a presença de especialistas e pesquisadores apresentando o resultado da pesquisa e promovendo um debate.

Para participar, basta se inscrever pelo e-mail sinpromacae.regiao@gmail.com. Em casos de dúvidas ou para mais informações, basta entrar em contato com o Sinpro através dos telefones (22) 3323-9799, (22) 99767-3797 e (22) 99238-3413.