Durante seu discurso, Otoni de Paula questionou o que os médicos devem fazer se uma paciente chegar ao seu consultório após ter praticado um aborto

Na tarde desta quinta-feira (16), durante uma sessão na Câmara dos Deputados, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) fez um pronunciamento inflamado em relação à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a proibição de denúncia de médicos em casos de aborto praticado por mulheres. O deputado afirmou que o Brasil viveu “mais um dia de luto” e que a decisão do STJ “sujou as mãos com sangue inocente”.

Durante seu discurso, Otoni de Paula questionou o que os médicos devem fazer se uma paciente chegar ao seu consultório após ter praticado um aborto, afirmando que eles estarão cometendo um crime ao denunciar a situação. Para o deputado, a decisão do STJ irá encorajar mulheres a realizarem o procedimento em momentos de desespero e que isso resultará em uma “chacina de inocentes”.

O deputado ainda fez um apelo aos cristãos do Brasil, pedindo que não permitam que a prática do aborto aconteça em solo brasileiro. O pronunciamento terminou com o deputado pedindo a votação do Estatuto do Nascituro, projeto que visa garantir proteção legal ao feto desde a concepção.

Nesta semana, o STJ decidiu que o médico não pode informar possível crime de aborto praticado por paciente após atendimento em unidade de saúde. Segundo o entendimento do tribunal, a comunicação viola o sigilo profissional entre paciente e médico.

Por Portal Novo Norte