O deputado federal Mauricio Marcon (PL-RS) apresentou na terça-feira (29) o Projeto de Lei n. 1928/2025, que obriga atletas e seleções que representem o Brasil no exterior a utilizarem uniformes com as cores da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco.

Segundo o parlamentar, o objetivo da proposta é preservar a identidade nacional e evitar o uso de cores que não estejam associadas aos símbolos oficiais do Brasil. O texto também proíbe apoio estatal a quem descumprir a regra.

“É vedado ao poder público conceder patrocínios, bolsas ou qualquer tipo de incentivo a equipes ou atletas que não utilizem uniformes com as cores da bandeira”, diz o artigo 2º do projeto, que se estende a empresas com participação estatal.

A proposta foi motivada por notícias veiculadas nos últimos dias sobre a possibilidade de a Seleção Brasileira de Futebol usar uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026. A informação causou grande repercussão.

Para Marcon, a substituição do tradicional uniforme azul por uma versão vermelha “foi recebida de maneira extremamente negativa pela vasta maioria da sociedade”. Ele defende que o brasileiro quer se ver representado pelas cores que já carrega na bandeira.

O parlamentar também insinuou que a mudança pode ter conotações políticas. “Existem questões subjacentes que extrapolam a seara desportiva”, escreveu, evitando aprofundar o tema, mas deixando clara sua insatisfação com possíveis influências externas no esporte.

Marcon argumenta que o uso de cores alheias à tradição nacional afeta o sentimento de pertencimento do povo. “Nada mais apropriado e justo do que legislação neste sentido, visando a coesão nacional”, defendeu.

O projeto ainda precisa ser analisado pelas comissões da Câmara dos Deputados. Caso aprovado, seguirá para o Senado. Se sancionada, a lei entrará em vigor imediatamente, valendo para todas as competições internacionais, oficiais ou amistosas.