Entre as regiões mais afetadas está o Pará, onde cerca de 5 mil famílias tomaram a fazenda Aquidoana, em Parauapebas.

Uma série de ocupações realizadas nesta segunda-feira (15) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em seis estados do Brasil aumentou o clima de medo e insegurança nas áreas rurais. As invasões, que atingiram nove áreas desde o domingo, fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, tradicionalmente intensificada no mês de abril.

As ocupações impactaram principalmente áreas de pesquisa vinculadas ao Ministério da Agricultura, como as pertencentes à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Essas ações têm levantado preocupações significativas sobre a segurança e a produtividade no campo.

Entre as regiões mais afetadas está o Pará, onde cerca de 5 mil famílias tomaram a fazenda Aquidoana, em Parauapebas. Outras grandes ocupações ocorreram no Distrito Federal, com mil famílias invadindo uma área da usina falida CBB em Vila Boa de Goiás, e em São Paulo, onde 200 famílias ocuparam a Fazenda Mariana em Campinas.

O MST defende as invasões como uma medida necessária para avançar na reforma agrária e combater a fome, conforme expresso em uma nota do movimento. Essas ações coincidem com o anúncio do governo federal do Programa Terra para Gente, que visa acelerar o assentamento de famílias no país, exacerbando as tensões existentes entre os setores agrícolas e os ativistas pela terra.

Por portal Novo Norte