Sindipetro afirma que diariamente desembarcam trabalhadores offshore com quadro de Covid-19, na Bacia de Campos - Arquivo

A concretização de desinvestimentos da Petrobras na Bacia de Campos já promove a abertura do mercado de exploração de Petróleo e Gás para outras companhias, revelando um horizonte de oportunidades para a região. As últimas negociações confirmaram a venda de 17 campos de petróleo para cinco empresas, das quais quatro apresentaram planos de desenvolvimento que totalizam uma injeção de pelo menos R$ 13,2 bilhões, segundo levantamento feito pela Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Esses investimentos se referem àqueles classificados nos planos como obrigatórios. Ou seja, de acordo com a ANP, o valor ainda pode dobrar se consideradas as chamadas “atividades contingentes” – aquelas que ainda dependem do desenvolvimento de projetos.

Só a multinacional Tridenty Energy, com base em Macaé, arrematou 10 campos de petróleo, com previsão de R$ 5,6 bilhões em investimentos. Também com base em Macaé, a multinacional franco-britânica Perenco assumiu três campos, onde prevê investimentos de R$ 1,1 bilhão. A empresa pretende instalar uma nova plataforma flutuante de armazenamento e transbordo, com previsão de instalação no segundo semestre do ano que vem, e já iniciou a adoção de medidas para redução da dependência da rede de dutos existentes.

“O movimento diversifica o mercado de óleo e gás, e assim ganhamos novos protagonistas ao lado da Petrobras. A presença de todas elas enriquece o mercado e a região, trazendo o dinamismo que nós precisamos para incrementar as atividades econômicas e sociais, gerando emprego e renda para todos”, comemorou o novo coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Gualter Scheles, que solicitou o estudo feito pela Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Mais royalties e empregos

Além dessas companhias, as operações na Bacia de Campos também vão contar com as atividades da Petrorio, da BW Offshore e da Petronas. Entre os campos de petróleo adquiridos pelas empresas, a Perenco é responsável por um dos que correspondem à geração de royalties para Macaé e outros dois para Campos; a Tridenty, por seis em Campos e oito em Quissamã. Já a Petronas e a PetroRio vão explorar cada uma, um campo com geração de royalties para Campos. A maior parte corresponde a campos maduros, que são aqueles que já passaram do auge da sua capacidade de produção