A taxa de juros do Brasil deve continuar a subir na próxima quarta-feira (29), quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o futuro da Selic. Atualmente em 12,25%, a expectativa do mercado é que ela chegue a 13,25% ao ano, em sua quinta alta seguida.

Essa será a primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, indicado por Lula. Apesar de ser um nome ligado ao governo, analistas apontam que as falas de Galípolo até agora indicam uma política monetária bastante parecida com a do presidente anterior, Campos Neto, contra quem Lula fez diversos ataques.

O aumento dos juros é uma medida adotada pelo Banco Central para tentar controlar a inflação, que, para 2024, deve ultrapassar a meta de 3% e ficar em torno de 4,83%. Entre os fatores que influenciam a escalada dos preços estão a seca que afetou alimentos e energia, o dólar alto e o ritmo acelerado da economia, que tem pressionado principalmente os serviços. Embora o BC siga o sistema de metas para controlar a inflação, a previsão é que os juros cheguem a 15% ao ano em junho de 2025, um nível não visto desde 2006, no governo de Lula.