Várias viaturas fizeram blitz nas comunidades da Nova Holanda e Nova Esperança, com objetivo de capturar criminosos que atuam na região

Confronto ocorreu na tarde desta quarta-feira (21) e assustou moradores da comunidade

A comunidade Nova Holanda, em Macaé, que viveu dias de pânico no mês passado, devido a confrontos entre traficantes e policiais militares, que resultou na morte de dois criminosos, a tensão voltou a se repetir na tarde desta quarta-feira (21). Os disparos de armas de fogo puderam ser ouvidos por pedestres e motoristas que passavam pela Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), entre os bairros da Barra e Fronteira. Mais de 30 policiais fecharam o cerco na entrada e saída da comunidade com objetivo de coibir fuga de traficantes pela Linha Azul.

O confronto teve início por volta do meio dia e se estendeu até às 14h. Um suposto traficante ficou gravemente ferido, onde foi socorrido pelos agentes da PM e encaminhado para o HPM.

Ainda na tarde desta quarta-feira (21), moradores que não quiseram se identificar, relataram intenso tiroteio na principal via da comunidade, onde atualmente mais de 20 mil famílias residem na localidade. Comerciantes tiveram que fechar as portas dos estabelecimentos, assim como os moradores ficaram escondidos dentro de casa. Os policiais que trabalham no contêiner da PM dentro da comunidade tiveram que ficar sentados no chão esperando o reforço chegar.

Várias viaturas fizeram blitz nas comunidades da Nova Holanda e Nova Esperança, com objetivo de capturar criminosos que atuam na região. A Polícia Militar acredita que o confronto foi ocasionado após o patrulhamento de rotina da polícia e também com a chegada de carga de drogas.

As comunidades Malvinas e Nova Holanda são consideradas áreas dominadas pelo tráfico do A.D.A. e constantemente confrontos são registrados quase que diariamente. Os moradores vivem pressionados pelo medo.

Somente no primeiro semestre deste ano, 21 criminosos foram assassinados na Nova Holanda, durante confronto com a polícia, e mais de 30 já foram presos por tráfico de drogas. Desde então, a comunidade vive uma rotina de tiroteios e foi, inclusive, instalada um contêiner semelhante da UPP da capital, no ano de 2012, porém foi uma tentativa fracassada de acabar com os confrontos.

Contudo, as trocas de tiros da tarde desta quarta-feira (21), mostram que a ‘guerra’ pelo comando das comunidades continuam.