Macaé foi a terceira cidade que mais abriu vagas no estado, e Campos a décima

O saldo de contratações e demissões no mês de fevereiro revela, uma vez mais, a força do Norte Fluminense na economia do Rio. A região foi a segunda do interior que mais abriu postos de trabalho – atrás apenas do Leste Fluminense, graças principalmente a Niterói. O levantamento foi feito pela Firjan com base na plataforma Retratos Regionais.

Terceira cidade do estado que mais abriu vagas, Macaé segue em franca ascensão (+1.027). Entre os segmentos, a Construção foi a principal contratante (+564). Já entre os grandes setores, Serviços ficou em primeiro (+1.044), seguido por Indústria (+708). Campos foi a segunda da região – e a 10ª do estado – que mais abriu postos de trabalho (+350), e São João da Barra, a terceira (+128). Das nove cidades da região, apenas Conceição de Macabu (-8) e Carapebus (-14) tiveram saldo negativo.

Em Campos, o grande setor de Serviços se destaca (+446), tendo a volta às aulas presenciais como grande impulsionadora, tendo em vista que entre os grandes segmentos, Educação foi maior contratante (+133). Em São João da Barra, a Indústria foi a que mais abriu novas oportunidades (+70), e o grande setor de Construção se destaca (+62).

“É interessante observar a variedade de contratações na região em fevereiro. Campos se destacando como polo educacional, São João da Barra com o crescimento da construção civil e Macaé despontando como uma das molas propulsoras da recuperação econômica do estado. Temos ainda uma série de investimentos públicos e privados previstos para a região: mais de R$ 13 bilhões nos próximos três anos, o que nos leva a crer que este é só o começo”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

Cinco cidades estão há mais de um ano com saldo positivo

Em meio às dificuldades intrínsecas aos tempos pandêmicos, cinco cidades fluminenses se revelaram como verdadeiros eldorados de empregos no estado. Três delas estão há mais de um ano e meio acumulando saldos positivos: Arraial do Cabo e Rio das Ostras, há 19 meses, e Macaé, há 18. Resende, com 17, e Angra dos Reis, 14, completam a lista.

Além disso, o mercado de trabalho industrial atingiu em fevereiro seu melhor desempenho desde o início da série histórica do Novo CAGED, iniciada em janeiro de 2020. O feito leva em conta a visão agregada do setor, que contempla a Indústria de Transformação, Extrativa, Construção e os Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo positivo em todos os grupamentos que compõem a atividade industrial do estado.

Se considerados todos os setores econômicos, o estado do RJ abriu 20.441 novos postos de trabalho formais em fevereiro, com saldo positivo nos setores de Serviços (+16.705), Indústria e Construção (+5.647) e Agropecuária (+80). Por outro lado, o Comércio (-1.991) foi o único grande setor a apresentar saldo de demissões no mês.

“A construção civil se destaca na recuperação e geração de novos postos de trabalho da indústria. O dinamismo do setor tem se configurado através de programas defendidos pela Firjan, como o Rio Canteiro de Obras com ações em diversos municípios do estado. E essa pujança se espalha para outras atividades – não à toa, em fevereiro o setor industrial fluminense como um todo registrou recorde de contratações”, destaca Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan