O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) revelou que impediu que os serviços especiais de inteligência ucranianos realizassem, o que disse ser uma sabotagem, no gasoduto “South Stream”. “Como resultado de um conjunto de medidas investigativas, o FSB impediu uma tentativa dos serviços especiais ucranianos de cometer um ato de sabotagem e terrorismo no gasoduto South Stream que fornece recursos energéticos para a Turquia e a Europa.”, disse o órgão. O South Stream, originalmente destinado a transportar gás russo sob o Mar Negro até a costa búlgara, foi descartado em 2014 em favor do TurkStream, que chega à Turquia e pode fornecer gás à Hungria e à Bulgária.

Gasoduto South Stream

Hoje, na Grécia, se discute que algumas embarcações da Grécia e “frotas fantasmas” de navios não registrados permitiram que Moscou escapasse das sanções econômicas internacionais e exportasse o seu petróleo e que isso, começaria a ficar mais difícil, porque os serviços de inteligência, já estavam monitorando estas embarcações. O petroleiro de bandeira liberiana Ice Energy seria uma destas embarcações. Ele transferiria o petróleo bruto russo ao largo da costa de Karystos, na ilha grega de Evia. Para lembrar, os Estados Unidos proibiram as importações de petróleo bruto russo meses atrás, e os navios russos estão proibidos de entrar nos portos americanos, britânicos e da União Europeia. Em 5 de dezembro, as sanções da União Europeia ao petróleo russo entram em vigor. Mas as companhias marítimas gregas e outras europeias estão atualmente – e legalmente – ajudando os exportadores russos a levar seu petróleo ao destino desejado.

Além do mais, uma crescente frota fantasma de navios que oficialmente não existe e não pode, como resultado, ser rastreada ou investigada, está transportando mercadorias russas sancionadas ao redor do mundo, assim como já transportava mercadorias iranianas, venezuelanas e norte-coreanas proibidas. A frota fantasma provavelmente crescerá à medida que as sanções da União Europeia contra o petróleo entrarem em vigor. Em maio, a Lloyd’s List Intelligence, que monitora a navegação global, começou a perceber um padrão estranho nos portos russos de Ust-Luga, Primorsk, Novorossiysk e São Petersburgo. Dos 204 navios-tanque de grande porte que desembarcaram nos portos entre os dias 1º e 26 daquele mês, 58 pertenciam à Sovcomflot, gigante naval russa. Mas muitos outros petroleiros – 79 – eram de propriedade grega. Um grande aumento nas viagens para a Índia, Turquia e China indica para onde a carga, normalmente com destino à América do Norte e Europa Ocidental, está indo agora. Embora a UE tenha proibido navios russos no final de maio, o petróleo russo ainda pode ser entregue à UE em navios-tanque pertencentes ou com bandeira de outros países. Este parece ser o lugar onde a grande indústria naval da Grécia identificou uma oportunidade.