O município tem 4.645 casos de coronavírus confirmados

Um campo aberto ou um deserto árido e sem oásis. Dependendo da empolgação e do otimismo, o cenário pré-eleitoral de Macaé pode até ser visto como desafiador, embora a sociedade já demonstre, de forma bastante clara e direta, o que não será definitivamente aceito nas urnas de uma eleição ainda assombrada pelo Coronavírus.

Em uma semana pautada por “Fake News” sobre resultados de pesquisas falsas, que visam manipular o desempenho das lideranças já anunciadas como pré-candidatos a sucessão do governo municipal, não resta dúvidas de que os atores políticos locais ainda se colocam acima das escolhas do povo, um erro crasso que vai custar a sobrevivência política de algumas personalidades que acabaram indo com “sede demais ao pote”.

Para fazer essa interpretação do cenário pré-eleitoral do município, o jornal O DEBATE se associou ao Escritório de advocacia Erricheli Lopes & Machado, para identificar junto aos eleitores da cidade qual o perfil que mais se destaca, no processo de construção de um futuro político e administrativo da cidade. E o diagnóstico é peculiar e um tanto quanto amargo.

De forma bruta, os dados estatísticos da amostragem realizada junto a 600 macaenses, que residem nos quatro setores da cidade: Norte, Sul, Centro e Serra, representam números que não são capazes de resumir o favoritismo de uma eleição.

Nem um governo que enfrenta o desafio de uma pandemia e muito menos os efeitos da eleição peculiar de 2018, são capazes de fincar um ponto de intercessão em qualquer uma das curvas, cruzamento de dados e cenários estimulados, de qualquer pesquisa eleitoral séria, isenta e técnica realizada em Macaé, como o trabalho organizado entre O DEBATE e o Escritório Erricheli Lopes & Machado.

O alcance de curtidas e compartilhamentos, impulsionadas de forma mecânica pelas redes sociais, também é ineficiente na estratégia de atingir qualquer efeito eleitoral positivo. De forma categórica, quem gastou com os “robôs” do Facebook, WhatsApp, Instagram e Twitter, está jogando dinheiro fora.

O eleitor macaense sabe o que é real e o que é fake. Mais ainda! O macaense já definiu qual perfil não será tolerado na disputa eleitoral deste ano.

As ruas indicam que o discurso sério, engajado e de fortalecimento da cidade ainda não foi apresentado. E também não foi identificado no posicionamento dos pré-candidatos que se escondem atrás das regras de isolamento social para não encarar o eleitor frente a frente.
É fato que alguns pré-candidatos já possuem histórias e trajetórias marcadas. Mas neste aspecto, o único que possui vantagem é também aquele que definitivamente não estará nas ruas e nas urnas neste ano: Dr. Aluízio.

O que é possível antecipar nas eleições de Macaé é a disputa entre pré-candidatos por um limbo povoado por cabos eleitorais, apoiadores e assessores que nada mudam, influenciam ou definem o perfil macro do eleitor macaense. E esse sistema gera repulsa no eleitor que tenta sobreviver a um momento cada vez mais desencorajador nos aspectos social e econômico.

No entanto, as ruas indicam que o eleitor não vai se esquivar de cumprir o seu papel como cidadão. Talvez porque as urnas sejam o melhor caminho para que o povo possa ir “a forra” em quem acredita ser esperto demais.

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