Um dos envolvidos já enfrentou prisões anteriores em 2021, relacionadas a suspeitas de irregularidades em contratos de limpeza urbana, sendo parte da Operação Chorume, ligada à Operação Éolo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ estão conduzindo uma investigação que envolve Paulo César Ladeira, ex-prefeito do PT na cidade de Carmo, Região Serrana do Rio de Janeiro. A operação, que investiga a suspeita de superfaturamento na aquisição de respiradores durante a pandemia de Covid-19, já resultou na detenção de cinco pessoas, enquanto outras duas estão sendo procuradas. Entre os presos está Rui Tomé de Souza Aguiar, ex-assessor da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e atualmente ligado ao gabinete do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT). Os demais detidos são Alex Sachi da Silva, Jubert Silva Cardoso, Nielsei Souza de Melo e Thiago Cardoso de Castro.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram emitidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e executados em locais variados, incluindo Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Mangaratiba, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Laje do Muriaé e Carmo. Inicialmente, o MPRJ havia informado sobre a prisão de Ladeira, mas posteriormente corrigiu a informação, esclarecendo que o mandado contra ele era de busca e apreensão. Vale lembrar que Ladeira já enfrentou prisões anteriores em 2021, relacionadas a suspeitas de irregularidades em contratos de limpeza urbana, sendo parte da Operação Chorume, ligada à Operação Éolo.

A Operação Éolo, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), apura a compra de nove respiradores pela empresa Sheridan Rio Comércio e Serviços em 2020, com recursos da Alerj. Foram identificados indícios de sobrepreço, e apenas quatro dos nove aparelhos adquiridos estavam operantes. A Sheridan possui atividades diversificadas, incluindo limpeza de edifícios, construção de estradas, agências de viagens, produção musical e teatral, comércio de equipamentos hospitalares e fabricação de meias. O Gaeco/MPRJ denunciou 14 pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal, fraude em contratos de licitação e lavagem de dinheiro.