O voto do relator Floriano Azevedo, um aliado próximo de Moraes, deve seguir a linha dura adotada por Moraes em casos de abuso de poder, o que poderia sinalizar uma tendência para o resultado do julgamento.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, poderá exercer influência decisiva no julgamento de cassação do senador Jorge Seif (PL-SC), marcado para a próxima terça-feira (16). Com a maioria dos votos no tribunal, a ala alinhada a Moraes, que inclui os ministros Floriano Azevedo, André Ramos Tavares e a vice-presidente Cármen Lúcia, pode inclinar a balança para a cassação de Seif, inocentado na instância inferior da acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O voto do relator Floriano Azevedo, um aliado próximo de Moraes, deve seguir a linha dura adotada por Moraes em casos de abuso de poder, o que poderia sinalizar uma tendência para o resultado do julgamento. No entanto, há uma divergência dentro do tribunal, com ministros conservadores como Kassio Nunes Marques e Raul Araújo mostrando resistência a essa tendência.

A defesa de Seif, no entanto, busca diferenciar seu caso de outros julgamentos relacionados ao abuso de poder econômico, como o recente caso em Brusque, onde políticos foram cassados por utilizarem de forma mais direta os recursos da empresa Havan. Eles argumentam que não há provas suficientes que liguem Seif ao uso indevido de recursos da empresa de Luciano Hang, tentando afastar qualquer paralelo direto com casos anteriores.

Caso a cassação de Seif seja confirmada, novas eleições serão necessárias em Santa Catarina, e o resultado pode redefinir o equilíbrio político no estado. Este julgamento é visto como um teste significativo para a influência de Moraes no TSE e um indicativo de como futuros casos de natureza política poderão ser tratados pelo tribunal.

Por portal Novo Norte