Órgãos planejam uma ação de choque para coibir essas práticas que vão de contramão ao decreto e o isolamento social
Não é de hoje que bailes funk, pagodes, cultos religiosos e até jogos de futebol desrespeitam a medida dos governos estadual e municipal contra a aglomeração de pessoas, durante a pandemia de coronavírus.
Em Macaé, o fim de semana foi marcado por bailes funk que receberam o nome ‘Baile da Covid-19’, nas comunidades Malvinas, Fronteira e Nova Holanda. Na Malvinas, o evento aconteceu no ‘Ponto Final’, que se estendeu até as 6h da manhã desta segunda-feira (11), e atraiu aglomeração, movimento de veículos e som alto.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram diversos grupos em comunidades desobedecendo à recomendação, para evitar reuniões públicas ou privadas entre a semana passada e o último fim de semana.
De acordo com os moradores das comunidades, diversas ligações foram realizadas para a Polícia Militar com objetivo intervir o evento, mas nenhum agente compareceu aos locais.
As imagens foram feitas pelos próprios moradores, que, mais do que os barulhos, temem que as aglomerações propaguem ainda mais a circulação do vírus nas comunidades.
Outra caso corriqueiro vem acontecendo na cidade são cultos religiosos que ocorrem ‘debaixo dos panos’, colocando a saúde das pessoas em risco. Moradores do bairro Aroeira denunciam algumas práticas promovida por uma igreja, que reúne fiéis e que acabaram sendo contaminados por Covid-19.
Na manhã desta segunda-feira (11), o prefeito Aluízio Júnior se pronunciou por meio do Twitter, afirmando que evento realizado como este na cidade, e principalmente nos fins de semana, terão consequência, e que vai solicitar apoio a Justiça, inclusive de força policial.
A equipe de reportagem do jornal O DEBATE entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, que em nota informou que impede a realização de eventos dessa espécie se os mesmos não estiverem de acordo com as determinações previstas no decreto n°44617, que regulamenta a realização de eventos culturais, sociais, desportivos, religiosos e quaisquer outros que promovam concentrações de pessoas no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.
A denúncia foi encaminhada ao comando do 32° BPM de Macaé para apreciação e tomada das medidas cabíveis.