A Polícia Federal concluiu a investigação sobre ameaças ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua família, indiciando dois irmãos: o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão, Oliverino de Oliveira Júnior. O inquérito aponta tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, crime que prevê pena de quatro a oito anos de prisão.

A investigação, iniciada em abril, foi motivada por emails anônimos enviados ao STF, nos quais os suspeitos alegavam conhecer o itinerário da filha do ministro, configurando crimes de perseguição e ameaça. A Polícia Federal prendeu preventivamente os indiciados, dada a gravidade das ameaças.

Segundo o relatório da PF, as ações dos irmãos buscavam restringir a atuação de Moraes no Supremo, o que caracterizaria o crime de abolição ao Estado Democrático de Direito. A tentativa de intimidar o ministro reforçou a gravidade das acusações contra a dupla.

O relatório final do inquérito foi encaminhado ao STF na segunda-feira (4), consolidando as provas contra os indiciados e possibilitando o avanço das medidas judiciais cabíveis.