Regra comum à chamada “velha política”, que já deu demonstrações claras da nocividade gerada aos municípios que não garantem representações próprias e efetivas nas parlamentos das esferas estadual e federal, a migração de candidatos que tentam renovar mandatos, a todo custo, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na Câmara dos Deputados, precisa ser um movimento banido em Macaé. Agora, mais do que nunca.
Há quase uma década, a Capital Nacional do Petróleo não possui força expressiva para combater medidas, discussões e estratégias que surgem em Brasília, como ataques diretos ao potencial, ainda não explorado da cidade, em se manter como base das operações offshore no país.
Desde as discussões sobre a partilha dos royalties, passando pela necessidade de revisão das regras do mercado do petróleo nacional, Macaé permaneceu inerte, sem poder apresentar a sua força capaz de movimentar o país, seja em épocas de crise, ou em períodos de bonança.
Mas, como é habitual, em anos eleitorais, a cidade passa a ser reconhecida por nomes poucos familiarizados pela sociedade local, mas que são apresentados como “revolucionários”, por membros da política da cidade, que tentam alcançar voos maiores.
E nesse jogo de poder interno, os eleitores da cidade acabam escolhendo nomes para compor os parlamentos estadual e federal, apresentados por vereadores locais, uma visão muito aquém da discussão democrática sobre qual o futuro que precisamos garantir para o município, para o Estado e para o país.
No entanto, no momento em que a instabilidade política pode criar problemas, mas abre lacunas interrantes para garantir respostas aos anseios da sociedade, o eleitorado da cidade precisa escolher candidatos que irão batalhar pelo bem comum, e não atuarão na ótica do “salve-se quem puder”.
Atualmente, a cidade possui nomes próprios que pensam em representar o município nesses plenários. Porém, nem isso é garantia de um sucesso eleitoral.
É verdade que grande parte dos candidatos locais visam apenas ganhar musculatura, para disputar com força a sucessão do governo “da mudança” em 2020. E se Macaé não garantir representantes nas esferas estadual e federal no próximo ano, não se sabe o que restará da cidade em um futuro ainda cheio de incertezas.