Estereótipos afastam mulheres da área de exatas
Basta ouvir a palavra cálculo para muitas pessoas entrarem em pânico e se perguntarem: Para que estudar Matemática? A realidade é que esta ciência está presente em vários momentos da nossa rotina, seja na hora de fazer compras em um supermercado, para fazer uma receita básica em casa ou calcular os juros na hora da compra daquele sonhado aparelho de TV. Na teoria pode até ser simples mas, na prática, para muitas pessoas a relação com os número é extremamente difícil. Para outros, uma questão de pura afinidade. Afinal, Matemática é para todos?
O amor pela área de exatas sempre fez parte da vida de João Luciano de Carvalho Gomes formado há sete anos em Matemática e docente dos cursos de Engenharia e Licenciatura em Matemática na UCSAL. Segundo ele, o medo dessa disciplina tem origem cultural e traz consequências negativas durante a trajetória das pessoas. “Crescemos com o estigma de que esta disciplina é difícil e a reproduzimos esse pensamento sem refletir. Outro fator para essa realidade é a falta de investimentos e políticas públicas para a educação básica, além da falta de criticidade e de incentivo a pesquisa nesse setor”, comentou João.
A crença no estereótipo de que homens têm mais habilidade em matemática do que as mulheres é outro fator que contribui para esse distanciamento do público feminino em relação às disciplinas de exatas. Para especialistas, um dos aspectos que mais contribui para essa concepção é a vivência entre o ensino fundamental e ensino médio – fase em que se torna mais forte a desigualdade entre gêneros. Essa realidade também contribui para o afastamento das mulheres de cursos como Engenharia e Ciências da Computação.
Na opinião de João, mesmo com as questões culturais reforçadas diariamente pelo senso-comum de que mulheres não têm afinidade com a Matemática, através de muita luta, elas vem conquistando cada vez mais espaço na sociedade e com o universo dos números. “As mulheres sempre tiveram interesse pela matemática e sempre desempenharam suas aptidões com excelência, porém a área de exatas é um ambiente machista e permeado por tensões que dificultam o acesso feminino”, assegurou.
João concorda que é matemática é para todos, mas alerta para as mudanças que foram ocorrendo com o passar do tempo. “A matemática atual não é a mesma de 30 anos atrás. Ela pode ser divertida e ter um caráter lúdico, facilitando assim a relação de ensino-aprendizagem. Hoje, temos diversos canais no Youtube que trazem a matemática desconstruída, lúdica e divertida. Porém, o grande segredo para ser um bom estudante nessa disciplina ainda é o treino. O conhecimento matemático se adquire com esforço através da resolução de exercícios”, recomenda.
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