A ação penal contra Antônio Marques da Silva, acusado de incitação ao crime e associação criminosa, foi suspensa por 120 dias em agosto por Moraes, aguardando uma possível oferta de acordo de não persecução penal pela PGR
Antônio Marques da Silva, preso em 9 de janeiro deste ano em frente ao Quartel General do Exército por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, faleceu em sua cidade natal, Barra do Garças, Mato Grosso. O óbito, ocorrido no dia 29 de outubro às 17h30, foi informado à defesa de Marques, que imediatamente comunicou o fato ao ministro Alexandre de Moraes. Marques, que estava com 49 anos, tinha sido solto ainda em janeiro com medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, e enfrentava acusações no Supremo Tribunal Federal (STF). A causa da morte foi identificada como “choque neurogênico e traumatismo crânio encefálico grave”.
Antes de ser detido, Marques da Silva vivia em Mato Grosso, trabalhando como pavimentador de rodovias. Desempregado na época de sua prisão, ele tinha estudado até a quarta série e deixou sete filhos. Marques chegou a Brasília em 7 de janeiro, participando dos protestos, mas negou ter invadido prédios públicos. Além disso, fazia uso de medicamentos para controle de hipertensão arterial, como losartana e hidroclorotiazida.
Esta morte aconteceu menos de um mês antes da de Cleriston Pereira da Cunha, outro detento relacionado aos eventos de 8 de Janeiro, que faleceu no presídio da Papuda, em Brasília. A ação penal contra Marques, acusado de incitação ao crime e associação criminosa, foi suspensa por 120 dias em agosto por Moraes, aguardando uma possível oferta de acordo de não persecução penal pela PGR. Com a morte de Marques, o ministro Alexandre de Moraes declarou extinta a punibilidade em relação a ele no dia 20 de novembro.