O acordo foi intermediado de pessoas influentes do governo Lula, com a Petrobras liderada por Jean Paul Prates, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Petrobras concordou em um acordo que poderia resultar em um prejuízo de quase meio bilhão de reais, ao tentar salvar a Unigel, fabricante de fertilizantes, da falência. Este acordo envolve a troca de gás por fertilizantes entre a estatal e a Unigel, que arrendou duas fábricas da Petrobras em 2019, localizadas na Bahia e em Sergipe. 

O acordo foi intermediado de pessoas influentes do governo Lula, com a Petrobras liderada por Jean Paul Prates, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

A crise emergiu após a Petrobras não pagar dividendos extras, decisão influenciada pelo presidente Lula. Segundo análises do Tribunal de Contas da União (TCU), o prejuízo estimado da Petrobras com este acordo pode chegar a 487 milhões de reais, devido à disparidade entre os preços altos do gás e os preços em queda dos fertilizantes.

A diretoria da Petrobras defendeu a decisão, argumentando que o custo de não financiar a Unigel, e consequentemente fechar as unidades arrendadas, seria maior. Eles estimam que as perdas poderiam ser reduzidas em 100 milhões de reais, comparado ao prejuízo por greves potenciais de funcionários em protesto contra demissões na Unigel.

No entanto, o ministro do TCU, Benjamin Zymler, questionou a lógica por trás do temor de paralisação da Petrobras devido ao fechamento de uma empresa privada com 255 funcionários. Após a publicação do relatório do TCU, surgiram denúncias de pressões sobre técnicos da Petrobras para validar o contrato. Informações indicam que houve coação de funcionários para endossar o risco de greve como justificativa para o acordo.

Uma auditoria interna foi lançada para investigar as acusações, incluindo a análise de e-mails, confisco de celulares e interrogatórios de vários executivos. Os funcionários investigados negaram as acusações de coação, e a auditoria concluiu que não ocorreram irregularidades.

Por portal Novo Norte