“Macaé precisa decolar”, diz consultor aeroportuário

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Hélio Batista, ex-superintendente do Aeroporto de Macaé, questiona demora para entrega de documentos juntos a Anac

A retomada dos voos comerciais no município de Macaé está sendo questionada no alto escalão do governo municipal e nos setores turístico e hoteleiro. Nesta semana o assessor da prefeitura e também consultor aeroportuário, Hélio Batista, questionou nas redes sociais a ação da Infraero, atual gestora do aeroporto, para impulsionar a capacidade técnica do novo aeroporto junto à Anac – Agência Nacional da Aviação Civil e fazer o Aeroporto de Macaé decolar de vez.

Em março deste ano, Macaé ganhou o novo aeroporto com as obras de reforço da pista de pouso e decolagem permitindo que a partir de agora possa receber aeronaves E190, da fabricante brasileira Embraer de até 114 lugares e todos os voos comerciais que operavam antes. Além disso, houve a inauguração do novo terminal de passageiros, que passou dos 900 metros para 11 mil metros quadrados, com capacidade para abrigar agência bancárias, praça de alimentação e espaço para lojas, além de balcões de check in e de informações, painéis de led com informações de voos, sistema de som e ar condicionado, além de equipamentos de segurança, com raios-X e esteiras rolantes para bagagens.

De acordo com o consultor, a volta dos voos depende exclusivamente de ações da Infraero, que precisa entregar na Agência Nacional da Aviação Civil um programa operacional onde demonstre a capacidade técnica do novo Aeroporto de Macaé em receber aeronaves de porte maior as que operavam até então. “Ao que parece, não tem havido boa vontade da estatal que reconstruiu o aeroporto macaense. Temos a impressão que estão empurrando essas questões para a próxima operadora, que assume em agosto, a Zurich Airport Latin America. Questionamos, por exemplo, se a documentação já foi entregue à Anac e qual é a previsão de retorno dos voos na cidade”, explicou.

A maior preocupação de Hélio Batista é com o retorno dos voos antes da realização da Feira Brasil Offshore, que acontece em junho deste ano. “Nossa preocupação é que em meados deste ano, nossa cidade irá sediar 10ª edição da Brasil Offshore – feira internacional da indústria de petróleo e gás de grande tradição e credibilidade e com previsão de receber mais de 53 mil visitantes. É um evento que atua com exclusividade na Bacia de Campos, sendo realizada em Macaé e que já gerou mais de R$ 1 bilhão em negócios”, ressaltou.

Segundo o assessor, a inércia da Infraero pode comprometer o sucesso dos grandes eventos do ano. “Macaé vive uma frente de desenvolvimento com o novo aeroporto, o porto virando realidade, o Startup Macaé sendo inaugurado com projetos que alinham as demandas tecnológicas do mercado e da sociedade ao potencial de desenvolvimento de novos negócios e a força do turismo reconhecida, entre outras coisas importantes que geram emprego e renda para a população. Por isso é que Macaé precisa decolar através da ação da Infraero”, assegurou.

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