Capital Nacional do Petróleo cria mais postos de trabalho em meio à crise
Com um saldo positivo de 998 vagas, Macaé foi a cidade que mais gerou postos de trabalho, no primeiro trimestre deste ano, entre todos os municípios que pertencem a logística de operações na Bacia de Campos.
Superando até mesmo cidades com maior movimentação industrial, por estar situada próxima a região da “Grande Rio”, Macaé dá demonstrações claras de que as barreiras da crise começam a ser rompidas, abrindo assim o cenário de recuperação econômica que deve permanecer ao longo de todo o ano.
Com um resultado melhor obtido apenas em 2012, Macaé faz parte de um “seleto” grupo de cidades que conseguiram admitir mais trabalhadores, que o número de demissões homologadas pelo Ministério do Trabalho.
De acordo com o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), Macaé supera, em postos de trabalho criados neste ano, cidades como Niterói, um dos mais importantes eixos da logística marítima do petróleo, no Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o Caged, Niterói fechou o balanço deste primeiro trimestre com um saldo negativo de 1.267 postos de trabalhos encerrados. Macaé superou até mesmo Maricá, que passa a ser o município que mais recebe Participação Especial do Petróleo, a partir da produção do pré-sal na Bacia de Santos. Entre janeiro e março deste ano, Maricá criou 32 postos de trabalho.
De acordo com especialistas do setor, a nova dinâmica do mercado de trabalho de Macaé acompanha a nova realidade de atividades que ocorrem na Bacia de Campos.
Além da entrada de novas unidades de produção, como nos campos de Tartaruga Verde e Mestiça, há também o processo de desmobilização de estruturas em unidades que estão em faze de desativação da Petrobras, e isso também gera a contratação de serviços.
E uma análise feita pela redação de O DEBATE, aponta que, de cada 10 áreas que mais contrataram em Macaé neste ano, oito possuem ligação direta com a cadeia produtiva offshore.
A expectativa é que este saldo positivo de geração de postos de trabalho se mantenha até o final do ano.
Nova dinâmica e previsão de 750 mil postos de trabalho
Ainda em clima de oscilação por conta da crise, o mercado do trabalho de Macaé apresenta hoje uma nova identidade, sempre atrelada a dinâmica de operações do setor de óleo e gás.
No primeito trimestre deste ano, a área de montador de andaimes, com salário médio de R$ 2,6 mil, foi a que mais gerou empregos: 198 no total.
Já a área de caldeireiro, com salário médio de R$ 2,9 mil, foi a segunda que gerou mais postos de trabalho: 181.
No primeiro trimestre deste ano, 117 engenheiros civis foram contratados, com salário médio superior a R$ 7 mil.
Outras atividades relacionadas ao mercado do petróleo também surpreendem quanto ao número de contratações formais registradas neste ano. Ao todo, 31 engenheiros da área de mecânica industrial, com salário superior aos R$ 7 mil, também foram contratados.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), nos próximos quatro anos, o mercado do petróleo será capaz de recuperar 500 mil postos de trabalho e abrir mais 250 mil.
Mas, neste mesmo período, o município também registrou alta na geração de postos de trabalho de outras áreas, como na Saúde, onde 12 postos de técnicos de enfermagem foram criados.