O julgamento que ocorrerá no dia 22 de junho, próxima quinta-feira, pode selar o futuro político do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá sua inelegibilidade avaliada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 22 de junho, uma quinta-feira próxima. Curiosamente, cinco dos sete juízes que tomarão a decisão foram nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O resultado deste julgamento poderá determinar o caminho político de Bolsonaro.

A corte, encarregada de julgar Bolsonaro, é composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Benedito Gonçalves, Raul Araújo Filho, André Ramos e Floriano de Azevedo. Esses ministros foram escolhidos a partir de diferentes fontes: três nomeados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) através de uma votação interna, dois indicados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela própria instituição, e dois designados pelo presidente da República, considerando uma lista tríplice formulada pelo STF com profissionais jurídicos da advocacia.

Lula nomeou Carmen Lúcia para o STF em 2006, durante seu primeiro mandato. Benedito Gonçalves, que é o relator dos processos que buscam a inelegibilidade de Bolsonaro, também foi indicado por Lula, porém para o STJ em 2008, durante seu segundo mandato. Da mesma forma, Raul Araújo Filho foi nomeado para o STJ por Lula em 2010. André Ramos e Floriano de Azevedo, por outro lado, entraram no TSE este ano por nomeação direta do presidente atual.

Os outros dois membros do tribunal são Alexandre de Moraes, nomeado ao STF por Michel Temer (MDB) em 2017, e Kassio Nunes Marques, indicado ao STF por Jair Bolsonaro em 2020.

Além do dia 22, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, também reservou os dias 27 e 29 de junho para o julgamento, visto que este tipo de ação tende a ser mais demorado. No entanto, não está descartada a possibilidade de um pedido de vista interromper o julgamento por mais tempo.

Por portal Novo Norte