Com o Brasil detendo uma parcela substancial de 37,3% do capital do CAF, seu peso nas decisões do banco foi fundamental

Lula atuou de forma decisiva em uma operação para garantir um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. Em um telefonema urgente para Simone Tebet, ministra do Planejamento, Lula buscou a autorização necessária para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse o empréstimo vital. Com o Brasil detendo uma parcela substancial de 37,3% do capital do CAF, seu peso nas decisões do banco foi fundamental.

A Argentina enfrentava uma crise econômica grave, com uma inflação anual superior a 100% e falta de dólares, tornando essencial esse empréstimo para desbloquear um financiamento crucial de US$ 7,5 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Lula, agindo rapidamente, assegurou que a operação fosse bem-sucedida, com o FMI aprovando um novo acordo após a transferência de US$ 1 bilhão em nome da Argentina.

À medida que a eleição na Argentina se aproxima, o possível triunfo de Javier Milei, um político frequentemente comparado a Jair Bolsonaro, causa apreensão no Palácio do Planalto. A estratégia de Lula visa fortalecer Sergio Massa, ministro da Economia e candidato do atual governo que está quebrando a Argentina, em uma tentativa de evitar a derrota e o avanço da direita no país.