Lula criticou a resposta de Israel ao Hamas, considerando-a desproporcional, e expressou uma postura que foi interpretada por críticos

Na manhã desta quinta-feira (15), durante uma visita ao Egito, o presidente Lula (PT) fez declarações incorretas sobre a posição do Brasil em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas. 

Ele afirmou que o Brasil havia condenado o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1,2 mil civis e no sequestro de centenas de israelenses, como um “ato terrorista”, o que é uma notória e escandalosa mentira. 

Contudo, o Itamaraty esclareceu, cinco dias após o ataque, que não classificou o Hamas como terrorista, seguindo as diretrizes do Conselho de Segurança da ONU.

Lula criticou a resposta de Israel ao Hamas, considerando-a desproporcional, e expressou uma postura que foi interpretada por críticos, incluindo o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), como uma equivalência entre as ações de Israel e as do Hamas. Marinho acusou Lula de comprometer a credibilidade internacional do Brasil com suas declarações. Em contrapartida, em 14 de novembro, Lula criticou o terrorismo do Hamas, mas também acusou Israel de cometer atos terroristas.

Durante sua estadia no Egito, Lula pediu um cessar-fogo, enfatizando suas críticas a Israel e minimizando as ações do Hamas. Ele lamentou as mortes de mulheres e crianças resultantes da ofensiva israelense e criticou a ONU por sua incapacidade de intervir eficazmente no conflito. O Hamas reportou que, desde o início da guerra, 28.663 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, majoritariamente mulheres, crianças e adolescentes. Este episódio reforça as tensões diplomáticas e destaca as divergências nas perspectivas internacionais sobre o conflito.

Por portal Novo Norte