Perpétua Almeida é formada em Licenciatura em História, uma escolha que parece ter tanto a ver com seu cargo de luxo, que inclui um salário de R$37,3 mil e outras regalias, quanto uma alface tem a ver com um churrasco.

A nomeação de Perpétua Almeida, ex-deputada pelo PCdoB-AC, como diretora de Economia Sustentável e Industrialização na ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, tem deixado muitos servidores extremamente insatisfeitos. E não é para menos. Afinal, ela não atende aos requisitos mínimos estipulados pelo estatuto da instituição, que exige formação superior “compatível com o cargo”.

Perpétua Almeida é formada em Licenciatura em História, uma escolha que parece ter tanto a ver com seu cargo de luxo, que inclui um salário de R$37,3 mil e outras regalias, quanto uma alface tem a ver com um churrasco. A agência, em sua incrível criatividade, rotula o dispositivo estatutário como uma simples “orientação”.

Para Perpétua, a vida política foi um caminho sem saída, sendo derrotada nas urnas do Acre quando tentou se reeleger em 2022. No entanto, como diz o ditado, “a esperança é a última que morre”, e ela encontrou uma nova boquinha na ABDI após a vitória de Lula. E vale a pena mencionar que sua jornada acadêmica foi uma verdadeira maratona. Ela ingressou na faculdade em 2013, mas só conseguiu concluir sua graduação em agosto de 2022, nove longos anos depois. O resultado? Uma ex-deputada sem qualificação adequada ocupando um cargo importante.

Tal falta de qualificação só pode ser vista como um presente para Jorge Viana, um petista do Acre que estreou na presidência da Apex, fazendo críticas mordazes ao Brasil enquanto estava na China. Para a ABDI, no entanto, esses detalhes parecem não importar. Segundo a agência, o estatuto não passa de uma “orientação”, e a lei que a criou não parece ter a menor importância.