Lula tem tentado melhorar sua imagem e mostrar vitalidade, como demonstrado em um vídeo recente onde aparece se exercitando.

Em artigo publicado no Poder 360 nesta segunda (25),o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, alerta que a polarização política intensificada por Lula pode inviabilizar a sua reeleição em 2026. Cunha argumenta que, segundo pesquisas, a popularidade do presidente Lula está em declínio, o que reflete o descontentamento de eleitores centristas, decisivos em pleitos eleitorais. A estratégia de Lula, focada na polarização, especialmente contra o ex-presidente Bolsonaro, está sendo vista como um elemento que afasta o eleitorado moderado, necessário para garantir vitórias eleitorais.

Lula tem tentado melhorar sua imagem e mostrar vitalidade, como demonstrado em um vídeo recente onde aparece se exercitando. Essa ação parece ser uma resposta às críticas sobre sua idade e capacidade física, numa tentativa de distanciar-se das preocupações sobre o “efeito Biden”, que afeta a reeleição do presidente americano devido a questões de idade e saúde. Cunha sugere que tais esforços de Lula para provar sua aptidão física podem não ser suficientes para reverter a tendência de queda em sua popularidade.

O apoio de Lula a líderes autoritários e suas declarações controversas sobre política externa têm contribuído para essa perda de popularidade. Seus comentários e ações são vistos como contrários à imagem de pacificador que tentou construir, afastando ainda mais o eleitorado indeciso. Além disso, o alinhamento de Lula com posições que desagradam aos evangélicos, um grupo significativo no Brasil, complica sua situação, já que estes tendem a rejeitar o PT e suas políticas.

A persistência na polarização e no ataque direto a adversários como Bolsonaro reflete uma estratégia que pode ter sido eficaz para garantir uma base eleitoral sólida, mas que agora ameaça sua capacidade de atrair o eleitorado mais amplo e moderado. As eleições de 2026 estão se configurando como um cenário em que a moderação e a capacidade de unir diferentes segmentos da sociedade podem ser determinantes, sugerindo que a continuidade da estratégia atual de Lula pode facilitar a ascensão de um candidato de direita moderado.

Cunha conclui que as táticas de Lula, embora eficazes para neutralizar Bolsonaro, criaram um cenário político que pode ser desvantajoso para ele próprio em longo prazo. Ao manter a polarização, Lula arrisca alienar os eleitores indecisos, cruciais para a vitória eleitoral, potencialmente abrindo caminho para um novo líder que possa apresentar uma alternativa menos polarizadora e mais unificadora em 2026.

Por portal Novo Norte