Largada

0
671

Da revisão do Estatuto do Desarmamento, à instituição de uma política econômica mais severa, passando por estratégia de marketing por “cárcere privado”, o processo eleitoral nacional tem início com um show de discursos, intenções e propostas que, de nada, representam os anseios da sociedade pelas verdadeiras mudanças que o Brasil ainda precisa passar.

Em destaque, o currículo dos candidatos que passam a ser chancelados por convenções partidárias já permitidas pelo Calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representa como a classe política no país segue segregada, não por ideologias diferentes, mas sim por conceitos distorcidos a partir de confusões geradas através de estigmas e tabus que ainda pairam sobre a construção de uma nova sociedade.

De Jair Bolsonaro a Luiz Inácio Lula da Silva, passando por Marina Silva, Joaquim Barbosa, Ciro Gomes, Geraldo Alckimin, Henrique Meirelles e até o apresentador Luciano Huck, a disputa pela sucessão de um governo sem identidade precisa passar por falsas esperanças criadas pelas chamadas “fake news”, essas sim as principais armas de ataques entre projetos políticos que começam a ser construídos.

Distante dos focos que representam, de fato, os problemas que geram déficits e atrasos para o desenvolvimento social e econômico nacional, os atuais candidatos a presidência tentam travar discursos que focam nas manchetes dos jornais, uma estratégia para ganhar visibilidade nos noticiários, onde as informações de destaque ainda se dividem com os desdobramentos e avanços nas investigações da Operação Lava Jato.

Até agosto, quando começa efetivamente a propaganda eleitoral, nomes anunciados por partidos em convenções irão tentar, a todo custo, chamar a atenção dos brasileiros, especialmente daqueles que ainda possuem a vontade de irem às urnas.

Sem se importar com a rejeição à política, que aumenta em quase 50% o número de abstenção eleitoral nas urnas, os candidatos a presidente seguem hoje a mesma cartilha daqueles que apontam como os inimigos da democracia, repetindo uma mesma velha e malfadada estratégia política que em nada vai ajudar o Brasil a crescer.