Sillas Andrade, de 13 anos, corre contra o tempo para conseguir recursos para o Pan-Americano em julho
Em busca de manter vivo o sonho do filho, a família de Sillas Andrade Alves da Silva, de apenas 13 anos, morador do Cajueiros, não tem medido esforços para conseguir recursos para que ele possa continuar competindo nas principais provas no Brasil e no mundo.
Considerado uma promessa do bicicross, o adolescente, que despertou o amor pela modalidade quando fazia parte do projeto social Macaé Pró-Bike, da Associação Macaense de Bicicross (AMB), encontrou no esporte as forças necessárias para superar as suas limitações. Isso porque, apesar da pouca idade, Sillas já passou por duas intervenções cirúrgicas para a retirada de um tumor na vista esquerda, fator que o fez ficar longe das pistas por cinco meses no ano passado.
Mas a visão limitada nunca foi motivo para desistir. Pelo contrário. O adolescente tem conquistado títulos importantes. Para a família, o desafio maior é sempre conseguir dinheiro para que Sillas não pare de competir.
A mãe, Jane Andrade, conta que no momento eles estão correndo contra o tempo para conseguir levar o jovem para competir a segunda etapa do Pan-Americano, que acontecerá no final de julho, em Medellin, na Colômbia. “Precisamos da verba para comprar as passagens, pagar a hospedagem, fora a alimentação. É um custo muito elevado e, infelizmente, não temos condições de arcar sozinhos. Todas às vezes que Sillas compete é graças a ajuda de amigos e parceiros. O tempo agora para confirmar a ida dele é curto, mas estamos esperançosos”, diz.
Sendo o único representante do Estado do Rio na competição e do Brasil na sua categoria, o atleta foi um dos grandes destaques da primeira etapa, que aconteceu nos dias 10 e 11 de março, em Sucre, na Bolívia. Após chegar às finais, ele terminou em sexto lugar na categoria Boys 13 anos.
Apesar de seu maior prazer ser competir, agora, a meta é superar e conseguir um resultado melhor. “Estou muito tranquilo e focado. Minha maior expectativa é conseguir ir até a Colômbia. Viver essa incerteza é muito ruim. Conseguindo, estando lá, minha meta será chegar na final e ficar entre os oito melhores para somar pontos no ranking. Estou muito feliz por saber que estou bem treinado e, com fé em Deus, creio que não existe o impossível. Até agora tenho percebido que, com muita determinação, foco e treino, posso ir longe. Aprendi que o corpo só alcança o que a mente acredita. E eu acredito que tudo posso naquele que me fortalece, que é Deus e minha família”, declarou.
Depois de Medellin, terão mais duas etapas: outubro em Santiago, no Chile, e em novembro, na Argentina.
Caso alguém tenha o interesse em ajudar Sillas, basta entrar em contato com a mãe através do telefone: (22) 99219-4850.