A aeronave raramente é identificada pelos sistemas de rastreamento

No dia 28 de maio, a chegada ao Brasil do ditador Nicolás Maduro foi marcada por um clima de mistério em relação à aeronave que conduziu o presidente venezuelano e sua comitiva até Brasília. O Airbus A-319, pertencente à companhia estatal Conviasa, foi acompanhado por uma segunda aeronave, cujo modelo e dados permaneceram ocultos. O avião misterioso, que decolara de Caracas, seguiu em proximidade com o avião presidencial durante a viagem.

Partindo também de Caracas, o enigmático avião inicialmente trilhou uma rota separada da aeronave presidencial, antes de posteriormente se aproximar e voar em conjunto até a capital brasileira. Meses após a visita de Maduro ao Brasil, a verdadeira identidade da aeronave emergiu: um jatinho particular modelo Dassault Falcon 900EX, registrado sob o prefixo T7ESPRT e ostentando a bandeira de San Marino, território italiano conhecido por suas vantagens fiscais.

Apesar de seu registro europeu, o governo venezuelano rotineiramente empregou essa aeronave, cuja presença nos sistemas de rastreamento frequentemente escapava à detecção. Um dos enigmas que envolve o jato é sua parada no Irã, em 16 de junho, duas semanas após sua passagem pela capital brasileira. Esse país é um dos aliados de Nicolás Maduro e seu presidente, Ebrahim Raisi, havia realizado uma visita oficial à Venezuela pouco antes do avião ser registrado no aeroporto internacional de Teerã.