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Rio São Pedro teve pequena piora no seu índice, indo de bom para classificação média. - Sylvio Savino (Arquivo)

Em dezembro, coleta foi feita apenas em trechos do Rio Macaé e São Pedro

Durante o verão, é comum o aumento no número de visitação nos distritos serranos de Macaé. Famosa pelos rios e cachoeiras, essa região é muito procurada por habitantes locais e turistas em busca de um contato maior com a natureza. No entanto, assim como acontece nas praias da cidade, o banhista deve estar atento às condições da água doce. Diante disso, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) faz exames para medir a qualidade nos rios e cachoeiras.

Segundo o órgão, o Índice de Qualidade de Água (IQANSF) se divide da seguinte maneira: águas apropriadas para tratamento convencional visando o abastecimento público – excelente (100 ≥ IQA ≥ 90), bom (90 > IQA ≥ 70), médio (70 > IQA ≥ 50) e águas impróprias para tratamento convencional visando abastecimento público, sendo necessários tratamentos mais avançados – ruim (50 > IQA ≥ 25) e muito ruim (25 > IQA ≥ 0).

Segundo o último boletim divulgado, o de nº 3, referente às coletas realizadas em dezembro de 2018 na Região Hidrográfica de Macaé e das Ostras, houve uma mudança no índice nos recursos hídricos em comparação à feita em janeiro do mesmo ano.

O Rio São Pedro, em Glicério, reduziu de 70,6 (bom) para 65,9 (médio). Já o Rio Macaé teve uma pequena melhora nos últimos meses, indo de 65,6 (médio) para 72 (bom). Os demais rios da região não foram avaliados.

Esse índice consolida em um único valor os resultados dos parâmetros: Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Fósforo Total (PT), Nitrogênio Nitrato (NO3), Potencial Hidrogeniônico (pH), Turbidez (T), Sólidos Dissolvidos Totais (SDT), Temperatura da Água e do Ar e Coliformes Termotolerantes.

Segundo o Inea, na composição do IQANSF usa-se o valor de temperatura que corresponde à diferença entre a temperatura da água no ponto de coleta e a temperatura do ar. A ausência de resultado, referente pelo menos a um dos nove parâmetros, inviabiliza a aplicação do índice.

Esse monitoramento contínuo e sistemático da qualidade dos principais corpos de água doce da região é capaz de fornecer informações necessárias para o manejo adequado desses ecossistemas aquáticos, possibilitando melhor compreensão do ambiente e a alocação eficaz de investimentos e ações.

O órgão explica que a escolha dos pontos de amostragem e dos parâmetros a serem analisados é feita em razão do corpo d’água, do uso benéfico de suas águas, da localização de atividades que possam influenciar na sua qualidade, e da natureza das cargas poluidoras, tais como despejos industriais, esgotos domésticos e águas de drenagem agrícola ou urbana.