Em 2018, foram registrados 194 acidentes na RJ-106. Das 139 vítimas, 5 pessoas morreram - Wanderley Gil

Acidentes na RJ-106 preocupam moradores diante de vários registros de mortes e feridos entre os trechos da comunidade Nova Holanda e o bairro da Barra

 

Atravessar a rua nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente, quando a via é bastante movimentada. Em Macaé, isso tem se tornado um desafio na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), onde ocorrem inúmeros atropelamentos. Na manhã de sexta-feira (8), por volta das 6h, mais uma pessoa foi vítima de acidente, sendo socorrida e levada para o Hospital Público de Macaé com ferimentos graves.

A tarefa é relativamente simples: cruzar a pista. Mas nem sempre segura. A RJ-106, principalmente no trecho entre a comunidade Nova Holanda e o bairro Barra de Macaé, atravessar é um desafio. A todo momento um pedestre se arrisca.

O tráfego de veículos é intenso no local. A estimativa do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) é que três mil veículos trafeguem por hora pela rodovia. Com tanto movimento , os atropelamentos são constantes. Em cinco dias foram três casos. Um homem morreu ao ser atropelado pelo transporte coletivo na Barra de Macaé, no último dia 4.

Houve também um acidente com um ciclista, que foi atingido por um carro, e um pedestre que foi atropelado e encaminhado ao HPM. Em janeiro deste ano, Kyara Rozostolato, de 22 anos, morreu após ser atropelada por um carro de passeio, no bairro Praia Campista.

Segundo testemunhas, ela atravessava na faixa de pedestres, mas com o sinal aberto para os veículos. Macaé é uma das principais cidades do Norte Fluminense e cortada pela RJ-106. Além do fluxo dos moradores, a cidade ainda recebe os condutores de municípios vizinhos como Carapebus, Quissamã e Campos dos Goytacazes.

Segundo relatório divulgado pelo DER, foram registrados 194 acidentes na RJ-106 ao longo do ano de 2018. Os principais envolveram automóveis com 354 ocorrências, e motocicletas, com 101. Ao todo, foram 630 veículos envolvidos. Das 139 vítimas, 5 pessoas morreram.

Os moradores da Barra de Macaé contam com uma passagem subterrânea destinada aos pedestres, mas nem todos utilizam o local, porque falta iluminação. Outros temem a falta de segurança no período noturno.

Enquanto isso, quem precisa atravessar a rodovia afirma que outras opções deveriam ser disponibilizadas para os pedestres.