Coluna Espaço Aberto - Odebateon

                                                           Célio Junger Vidaurre

            Nesse retrocesso democrático vivido no Brasil por mais de vinte  anos, viu-se que, a esquerda representada pelos petistas conseguiu manter-se no poder por quase quinze  anos com movimentos peculiares de exasperação depois da aparição do mensalão e petrolão que, em consequência, levou à prisão vários interlocutores  desse jogo político que acabou num impeachment do último representante dessa tendência política. Com a chegada da turma vinculada a direita, em 2018, com Bolsonaro como seu representante maior, assistimos o estancamento dos roubos da Petrobras como o  principal efeito para combater essa corrupção institucionalizada no país. Foi, sem dúvida, a mais aplaudida decisão do Presidente.
           Para muitos, o principal responsável nesse encolhimento da democracia em todo o mundo é o comunismo que, depois de vários anos de avanço democrático pós queda do Muro de Berlim, hoje, a ameaça vem justamente do pessoal da ponta direita. No caso particular brasileiro isso tem nome, CPF e endereço, pois, as mesmas figuras que foram acopladas aos petistas nos tempos  de Lula e Dilma, esses mesmos parlamentares que representam partidos de aluguéis, são os que o Presidente atual tem às mãos  para configuração política colocada para a sua tentativa  de reeleição. Esses mesmos Ciro Nogueira, Waldemar Costa Neto, Fernando Bezerra Coelho, etc, etc, que não são da esquerda e nem da direita  e se dizem do Centrão são, na realidade, uns oportunistas de plantão a serviço de quem dá mais.
            Com isso, uma grande parte do eleitorado que não é de direita e nem da esquerda, aliás, nem sabe o que é isso, fica sem saber para onde vai com esses nomes apresentados até aqui. Um  PSDB fazendo prévia para ter noção de quem vai perder. Os petistas acreditando que Lula nunca roubou nada, acham que todos que julgaram  o ex-Presidente foram injustos, pois, essa fortuna de seu filho Lulinha é coisa de quem tem talento em negócios. O PDT de Lupi acha que a solução é com o destemperado Ciro Gomes. Até a viúva de Levy Fidelis, PRTB, aparece oferecendo sua  legenda  para Bolsonaro. A senhora Aldinéa Felix pelo que parece  deseja ser a nova Dilma do Brasil. E a turma do Centrão que hoje vêem em Bolsonaro o grande estadista brasileiro, estão de plantão para abocanhar os seus quinhões nos momentos certos. Sempre foi assim.
             Não esquecer que o CIDADANIA aparece com um  Senador que é Delegado de Polícia de bom discurso, mostrando que os tempos de seu eterno Presidente já não existem mais. Falas cansativas e extremistas ultrapassadas. Faltam onze meses para o próximo pleito presidencial e tudo está sem a definição  desejada do eleitorado. Nas pesquisas o eleitor só vota em Lula ou Bolsonaro, pois na verdade, só existem essas duas candidaturas até aqui. Quando surgir a outra opção que não deseja a volta de Lula ou a continuação de Bolsonaro, aí, sim, é que veremos quem realmente será o novo presidente do Brasil a partir de janeiro de 2023.
            As conclusões dessas assertivas políticas enquanto não existir a outra via que concorrerá com Lula e Bolsonaro, depois que ambos já mostraram no cargo de Presidente do que são capazes, só se verá a partir do nome apresentado que deverá surgir depois de muitas conversas entre esses chefes partidários que estudam a melhor solução. De qualquer forma, a sorte de Lula e de Bolsonaro e do outro que aparecer, é que  para ser Presidente do Brasil, o candidato não tem que prestar o ENEM, atualmente na mídia. Caso fosse exigido, por certo, Lula e Bolsonaro já estariam derrotados.
             Com a diminuição do tempo e pesquisas que não se sabe de suas verdadeiras realidades e, ainda, com esta situação apresentada quando o Presidente da República está sem controle de sua base parlamentar, vê-se que, as incógnitas sobre o próximo pleito eleitoral tendem a aumentar. O poder de Bolsonaro até 2020 era um, hoje nas mãos do Centrão e do Presidente da Câmara seu comando perdeu a eficácia não conseguindo sequer que seja sabatinado no Senado um indicado para o STF. As influências que esses fatos trarão nos leva a refletir o que pode ocorrer até a realização da eleição presidencial de 2022. Vence quem se vence.

A VIDA NÃO NOS DÁ GARANTIAS, NOS DÁ APENAS O TEMPO PARA FAZER NOSSAS ESCOLHAS!