Como o Congresso Nacional, demorou a aceitar a sugestão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral para, reunidos, decidir sobre o adiamento das eleições por causa da pandemia que assola o país, parece que ficou definida a situação e os parlamentares, com forte oposição do chamado bloco do Centrão, que reúne os principais partidos políticos, decidiram aprovar o adiamento das eleições municipais que agora ficou marcada para os dias 15 de novembro, e nos municípios onde houver segundo turno, 29 de novembro. Com isso, foi alterado também o calendário eleitoral e as convenções partidárias para homologar os nomes dos candidatos passou para o período de 31 de agosto e 16 de setembro, e o registro de todos até o dia 26 de setembro porque o início da propaganda eleitoral em rádio, tv e internet, começa no dia 27 deste mesmo mês.

Ou melhor, isso apenas para enganar trouxa porque ao permitir que o pré-candidato faça campanha para ter seu nome indicado, todos os interessados em concorrer nas eleições deste ano já estão há muito tempo utilizando a internet através das mais diferentes plataformas, para aparecer em lives.

Aliás, nunca se viu tanta live nos últimos tempos como agora. São tantas que não há tempo de o eleitor, ou o internauta, participar, ficando o pré-candidato com a sua equipe direcionando a gravação para diversos grupos que, caso haja algum interessado, perca um tempinho para conhecer o que pregam alguns deles. É hora da largada. Vai aumentar o número de interessados nas eleições para vereador e prefeito, utilizar a intenet para bombardear o eleitor. Tomara que sejam mensagens sérias para não levar os internautas para a Netflix e outras plataformas de streaming. Concorrer, não vai ser tão fácil como muitos imaginam. Tem que ser propostas muito sérias para “prender” o eleitor, que não quer ataque e defesa.

Vez e voz das mulheres

A legislação eleitoral que sofreu uma minirreforma em 2015 promovendo dentre algumas alterações importantes, a exigência de os partidos políticos destinar 30% das vagas para as mulheres, que em maioria populacional hoje, não se sabe se eleitoral, também, possam disputar as eleições. Em 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro acabou eleito pelo PSL, em quase todos os partidos as regras pareciam que foram cumpridas mas, após o pleito, e com a fiscalização eleitoral hoje atuando de forma mais eficaz porque as contas são prestadas pela internet, se ficou sabendo que em alguns estados, principalmente em Minhas Gerais, os “espertinhos” lançaram candidatas mulheres mas… laranjas.

Ou seja, foram inscritas apenas para atender ao rigor da lei, algumas receberam dinheiro do Fundo Eleitoral e acabaram não concorrendo, havendo casos em que a candidata teve apenas os votos da família e o dinheiro foi devolvido para pagar contas de algum candidato do partido, situações que estão sendo investigadas, mas até hoje não se conhece o resultado. Bem, estamos em 2020 e novas eleições previstas para acontecer no dia 15 de novembro. Não são poucas as mulheres em Macaé atuando em diversas frentes e conquistando lideranças, algumas até desafiando alguns nomes considerados potenciais.

Desde as eleições de 1982, quando foi eleita a vereadora Marilena Garcia, até hoje, a mulher continua representada no Legislativo macaense e algumas pré-candidatas prometem fortalecer o movimento para aumentar a bancada feminina. Existem, porém, barreiras, pois os “caciques” que comandam os partidos não estão lá abrindo “brechas” para as mulheres capazes de suceder aos antigos detentores de mandato, alguns, somando cinco legislaturas. De qualquer forma, cresce e muito o movimento feminino. Uma pena que o Partido da Mulher Brasileira – PMB, seja formado na prática, por homens. Mas vai ser uma boa briga.

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PONTADAS

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Em pleno período de pandemia, quando o governo em socorro aos mais atingidos com a falta de empregos, decidiu beneficiar os mais pobres com o auxílio emergencial de R$ 600,00, pelo menos 620 mil pessoas se cadastraram fraudando as informações e recebendo o dinheiro. O Ministério Público Federal vai receber do Tribunal de Contas, a lista de nomes que deverá devolver a grana, e ser responsabilizada nas esferas cível ou criminal.

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Ex-líder do governo Wilson Witzel na Assembleia Legislativa, o deputado Marcio Pacheco (PSC), virou alvo do MP e foi denunciado junto com outros, da prática de rachadinhas, o mesmo escândalo do ex-deputado e agora senador Flavio Bolsonaro, que briga para sair das garras da Justiça. Seu braço direito, Queiroz, está preso e pode até fazer uma delação premiada, se a mulher, foragida, não aparecer.

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O pré-candidato a prefeito, empresário André Longobardi, do Republicanos, habituado a fazer lives nas plataformas digitais fazendo contato com seus seguidores, andou desaparecido alguns dias. Esta semana ele voltou com força, informando através de um vídeo que circula na internet, que também acabou vitimado pelo Covid-19, mas está recuperado e com forças redobradas para enfrentar os adversários.

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Até domingo.