Fórum de Segurança Escolar e Bolsa Estudante são medidas que ajudam a mudar essa realidade, disse o vereador
Medidas que visam reduzir ainda mais os índices de evasão escolar e oferecer assistência aos estudantes que representam a margem de 30% de reprovação, nos níveis de 6º ao 9º ano da rede pública de ensino, são defendidas pelo vereador Guto Garcia (MDB) como ferramentas importantes para atender ao grupo mais vulnerável do sistema municipal de ensino.
Para Guto, a parceria entre as instituições de segurança pública da cidade para auxiliar no combate a violência, dentro e fora das escolas, é um ato essencial para atender ao grupo composto por cerca de 10 mil estudantes que estão na chamada “área de risco”.
“Esses estudantes são crianças de 11 aos 14 anos, matriculados em 20 escolas do 6º ao 9º ano, onde são registrados os principais casos de violência. É o grupo que acaba perdendo o interesse pelos estudos e tornam-se alvos fáceis da criminalidade. Nós precisamos discutir essa realidade e criar ferramentas que possam enfrentar o problema”, disse Guto.
O vereador, que exerceu a função de secretário municipal de Educação até maio deste ano, afirmou que o índice de evasão escolar nessa classe estudantil é de 3%. Porém, a margem de reprovação desses alunos chega à casa dos 30%, enquanto na educação infantil, que é a base do ensino público, a margem é de 10%.
“São vários os fatores que contribuem para esse cenário. A mudança de nível escolar, do ambiente em sala de aula, dos problemas em família e da influência externa escolar acabam provocando essa situação. A escola precisa ser um atrativo, não apenas de formação acadêmica, mas também de formação humana para essas crianças. E por isso eu defendo o projeto do prefeito de criar a Bolsa Escola, que vai estimular 100 estudantes do 6º ao 9º ano, melhores classificados em avaliação específica, com o benefício de R$ 600”, declarou Guto.
Para o parlamentar, outras medidas precisam ser avaliadas e propostas pelo poder público, para acolher as crianças e os adolescentes.
“Há uma grande lacuna no processo de migração dos estudantes da rede municipal para a rede estadual de ensino. E isso também precisa ser discutido entre o município e o Estado. Essa é a nossa meta de trabalho, daqui para frente”, disse Guto.