Amorim afirmou que o governo brasileiro tem condenado veementemente o ataque do Hamas, mas que o país segue as decisões da ONU

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, declarou neste domingo (15 de outubro de 2023) que concentrar a discussão sobre o conflito entre Israel e Hamas na questão da utilização do termo “terrorismo” pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria um equívoco. Amorim enfatizou que, embora importante, essa não é a questão central do conflito. Segundo ele, o principal foco deve ser salvar vidas, especialmente as dos brasileiros, o que requer uma abordagem mais abrangente.

Amorim afirmou que o governo brasileiro tem condenado veementemente o ataque do Hamas, mas que o país segue as decisões da ONU. Ele ressaltou que o rótulo de “terrorismo” só é aceito se concedido pelo Conselho de Segurança da ONU. O assessor especial citou o uso do termo “terroristas” no projeto de resolução apresentado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, às Nações Unidas, destacando que o governo brasileiro tem criticado as ações do Hamas de forma contundente.

Amorim sugeriu que a comunidade internacional analisasse o conflito do Oriente Médio sob a ótica dos crimes de guerra, de acordo com o direito internacional, como as Convenções de Genebra, alegando que essa abordagem poderia identificar possíveis crimes de guerra cometidos por ambas as partes envolvidas no conflito.