Marinho também falou sobre a dificuldade de exercer o papel de oposição diante de um governo que não apresenta projetos, e criticou o modus operandi da gestão petista em governar por medidas arbitrárias.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), concedeu uma entrevista ao jornal O Globo neste domingo (1º), na qual fez diversas críticas ao governo e cobrou a punição dos envolvidos nos ataques radicais em janeiro deste ano. Segundo Marinho, é preciso identificar todos os responsáveis, já que “a página que não foi virada ainda é quem se omitiu”. Ele também destacou que “houve um crime perpetrado contra as instituições”.

Ao ser questionado sobre a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos do dia 8 de janeiro, o senador afirmou que há uma cobrança por declarações mais calorosas apenas contra um lado, enquanto o outro goza de salvo-conduto para se expressar sem repressão. Ele citou retóricas de membros do PT que falavam em fechar o Congresso e prender ministros do STF, e criticou a falta de indignação em relação a essas falas.

Marinho também falou sobre a dificuldade de exercer o papel de oposição diante de um governo que não apresenta projetos, e criticou o modus operandi da gestão petista em governar por medidas arbitrárias. Ele pontuou que o governo tem se proposto a mudar questões importantes por decreto, o que vai contra o espírito da lei, e chamou o governo de “ilegal” e de “desprezo ao rito parlamentar”.

O parlamentar afirmou que o governo está com medo do Parlamento e de testar suas posições ideológicas. Ele também criticou o novo arcabouço fiscal apresentado pelo governo, que permite a irresponsabilidade fiscal sem que haja punição, e alertou para o risco de recessão em razão das ações econômicas da atual gestão.

Por fim, quando questionado sobre a possibilidade de tornar Bolsonaro inelegível, o senador afirmou que isso seria “uma violência contra uma parte considerável do eleitorado brasileiro”.

Por portal Novo Norte