Caso ocorreu na tarde de último sábado (4), no Hospital Municipal de Rio das Ostras
Uma cena chocante chamou atenção de pacientes que procuravam atendimento médico no Hospital Municipal de Rio das Ostras. A gestante identificada como, Luana Martins Francisco, procurou a unidade de saúde no último sábado (4), às 11h21min, com queixa de dores e fortes contrações.
Luana foi orientada por uma das recepcionistas da unidade a voltar para casa, pois não havia equipe médica para fazer o parto. Antes de sair do hospital a gestante teve contração mais forte e ela se apoiou em outros pacientes e pediu ajuda, onde foi colocada na cadeira de roda. A cena deixou todos chocados e uma das testemunhas fez um vídeo mostrando o descaso do poder público.
Foi então que, um dos profissionais da saúde viu a cena de desespero da gestante e percebeu que a mulher iria ganhar o bebê no corredor do hospital e ajudou a colocá-la na cadeira de rodas e encaminhou para a maternidade.
Casos como esse têm sido frequentes, segundo o Conselheiro Municipal de Saúde de Rio das Ostras, Lucas de Jesus. Ele afirma que a situação preocupa o conselho, que atua na fiscalização do sistema de saúde na cidade.
Lucas garante que o órgão vai apurar os possíveis casos de negligência.
Em nota, a assessoria de comunição da prefeitura de Rio das Ostras informou que a gestante se recusou a ser examinada por um médico-obstetra (homem), que estava no plantão. A prefeitura diz ainda que o atendimento não foi negado. Diante do quadro de nervosismo da paciente, o médico prescreveu uma medicação para acalmá-la e a gestante permaneceu internada no hospital. O bebê nasceu no domingo às 23h, de parto cesária. Mãe e filho passam bem.
Caso semelhante
No dia 26 de novembro de 2019, Thaís dos Santos Santana, de 28 anos, deu à luz na calçada de casa, no bairro Parque Aeroporto, após pedir ajuda e ser liberada do Hospital Público de Macaé. Na época, Thais disse que os médicos que a atenderam disseram que ainda não estava na hora do parto. Nas redes sociais, Thais afirma que o hospital a mandou para casa porque ela estava com três centímetros de dilatação e os médicos disseram que só poderiam interná-la quando tivesse com cinco centímetros de dilatação, mesmo após a bolsa ter estourado.
Dias depois, a prefeitura abriu sindicância para apurar os fatos que envolvem o atendimento da gestante e a médica foi afastada do cargo.