Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Combustível sobe há cinco semanas consecutivas, mesmo com a Petrobras mantendo os preços congelados há mais de 70 dias

A gasolina superou os R$ 5,00 por litro pela primeira vez desde o início de setembro. O valor médio do litro passou de R$ 4,98 para R$ 5,02 na semana passada, segundo a ANP.

— O combustível sobe há cinco semanas consecutivas, mesmo sem reajustes da Petrobras, que mantém os preços congelados há mais de 70 dias. Reuters

— A semana foi marcada pelos bloqueios golpistas que fecharam estradas e prejudicaram o abastecimento de bens e serviços em diversas regiões do país.

— O aumento reflete também reajustes de outros supridores – a refinaria privada de Mataripe (Bahia), da Acelen, e importadores – e a valorização do etanol anidro, 27% da gasolina comum vendida nos postos.

Defasagem De acordo com relatório da Abicom de sexta (11/11), a defasagem no preço da gasolina vendida pela Petrobras em relação ao valor internacional era de 17 centavos (5%).

— No diesel, o déficit era de 24 centavos (5%). Na bomba, o diesel apresentou leve alta, com preço médio indo de R$ 6,58 para R$ 6,59.

— Há cerca de 40 dias, os importadores registram preços domésticos abaixo da paridade de importação.

O Brent inicia a semana operando em baixa de 0,25%, a US$ 95,75 o barril. Na sexta (11/11), o barril do Brent fechou a sessão em alta de 1,1%, a US$ 95,99. No acumulado da semana, porém, a referência teve queda de 2,6%. Reuters

ICMS O que também não mudou (ainda) foi o ICMS dos combustíveis. As decisões judiciais de André Mendonça (STF), que reduziram a base de cálculo do ICMS, estão em vigor até 31 de dezembro.

— Na passada, os estados informaram que as perdas no 2º segundo semestre deste ano vão atingir R$ 38 bilhões, com a combinação das leis e decisões judiciais.

— Alguns governadores conseguiram antecipar o reconhecimento de compensações, com liminares na corte, mas, descontando esses valores, restam cerca de R$ 23 bilhões em perdas pleiteadas pelos estados. Herança deixada por Bolsonaro para o próximo governo Lula.

Ação contra perfuração na Foz do Amazonas O PT avalia entrar na Justiça para interromper o licenciamento para perfuração de um poço no Amapá. O movimento ocorre após executivos da Petrobras terem reiterado que preveem receber o aval do Ibama ainda neste ano, apesar de Ministério Público Federal, ONGs e comunidades verem falhas no processo. Reuters