PEC 32, que flexibiliza a estabilidade dos servidores públicos, é defendida por senadores e deputados ligados a empresas

Nas últimas semanas, foi observada uma articulação por deputados e senadores de frentes parlamentares relacionadas ao empresariado e ao agro para a inclusão na pauta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 de 2020, que visa a reforma administrativa com a finalidade de flexibilizar a estabilidade dos servidores públicos. Essa iniciativa está sendo promovida por parlamentares das frentes parlamentares do empreendedorismo (FPE), da agropecuária (FPA) e do comércio e serviços (FCS), bem como pela Frente pelo Brasil Competitivo, com o objetivo de impulsionar o avanço da proposta do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Com a pressão exercida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, para o progresso do texto da reforma, o governo Lula tomou medidas para tentar conter a situação nas últimas semanas. De forma geral, o governo Lula se posiciona contrário a medidas que enfraquecem a estabilidade dos servidores públicos. Apesar disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou sua disposição para debater os termos da reforma, ainda que haja desacordos difíceis de reconciliar entre os interesses do governo e do Centrão.