O ministro da Justiça, Flávio Dino, antecipou no fim de junho que haveria “novidades” na investigação do caso Marielle Franco

No fim de junho, foi anunciado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que haveria “novidades” na investigação do caso Marielle Franco. Posteriormente, semanas mais tarde, um dos suspeitos foi detido pela Polícia Federal, e a delação premiada de outro envolvido no crime foi divulgada pelo titular da pasta. Uma entrevista foi concedida por Dino após a ação policial, na qual afirmou que “provavelmente, nas próximas semanas”, novas operações seriam realizadas. As informações são provenientes da Folha de SP.

A investigação do caso segue em sigilo, e de acordo com a legislação, apenas as partes envolvidas no processo podem acessar os dados das apurações. A declaração dada pelo ministro aconteceu durante uma entrevista coletiva, na companhia do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A divulgação de informações não públicas por parte de Dino reforçou a percepção de uma ala da PF, a qual acredita que o comando da instituição tem mantido uma relação estreita com o núcleo do governo, em alinhamento com o Palácio do Planalto.

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, tem histórico de proximidade com o Partido dos Trabalhadores (PT) e tem mantido uma relação de confiança com o presidente Lula. Sua participação em sete viagens internacionais com o petista nos primeiros meses de seu governo ressalta essa conexão. Anteriormente, ele liderou a segurança de Lula durante a campanha de 2022 e ocupou cargos de confiança na gestão de Dilma Rousseff. Sua presença em entrevistas, especialmente relacionadas a temas sensíveis à esquerda, e suas viagens com o presidente evidenciam a relação próxima com o Executivo.