PF apura fraudes em contratação de empresa estrangeira para prestação de serviços - Arquivo

Lava Jato deflagra Operação ‘Boeman’: suspeita de desvio de U$$ 40 milhões da Petrobras

Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação ‘Boeman’, a da Operação Lava Jato, durante todo o dia de ontem (23), em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo de Sergipe. ‘Boeman’ é uma referência ao “bicho papão” holandês, e  os crimes investigados são de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em Macaé foi cumpridos dois mandados de busca e apreensão em uma empresa, mas nenhum de prisão na operação.

Segundo a Polícia Federal, foram expedidos decreto de bloqueios e de bens de cinco empresas no valor total de R$ 20 milhões, além de um empresário.

A operação tem como base, delações premiadas de doleiros e lobistas que atuavam como intermediários de contratos da Petrobras, e conta com a colaboração da Justiça da Holanda.

Empresas estrangeiras vencedoras de licitação para construção e afretamento de três navios lançadores de linha para águas de até 3 mil metros de profundidade repassaram o serviço para uma companhia holandesa.

Os pagamentos das propinas eram depositados em contas bancárias abertas em paraísos fiscais localizados em seis países. Parte do dinheiro foi transferida para dois altos executivos da Sapura, um ligado à empresa no Brasil, e outro na Malásia.

 Os contratos sob suspeita foram assinados pela diretoria de exploração e produção da Petrobras.

Em nota, a Petrobras disse que colabora com as investigações desde 2014 e é coautora do MPF e da União de 18 ações de improbidade administrativa em andamento, além de participar como assistente de acusação em 71 ações penais.

A estatal também declarou que já recebeu mais de R$ 4,6 bilhões provenientes de processos de casos de corrupção vencidos no Brasil e no exterior.

1 COMENTÁRIO