Demora no diagnóstico e no atendimento teriam levado Bárbara Mendes Rodrigues a óbito
O descaso do governo, principalmente em relação à Saúde, tem afligido a população como nunca antes. Falta de medicamentos, atraso em consultas e exames, fila nos postos de saúde… Como se não bastasse, recorrentemente, a cidade vive o drama da morte de pacientes no Hospital Público Municipal (HPM), supostamente em decorrência da falha de atendimento.
É o que acusa a família de Bárbara Mendes Rodrigues, de 1 ano e 4 meses, que faleceu na manhã de última segunda-feira, dia 5. Familiares relataram à reportagem que a criança deu entrada no HPM, no domingo, dia 4 de novembro, por volta das 17h. Na ocasião, como apresentasse febre e enjoo, onde horas depois foi atendida por uma pediatra e aguardava uma vaga na UTI Neonatal, já que o quadro de saúde da menina se agravava.
A mãe da pequena Bárbara, Raiane Mendes, declarou à reportagem que foram feitos vários exames, principalmente do tórax, não acusando sintomas de pneumonia, como consta no laudo da certidão de óbito.
“O atendimento deveria ser de praxe: A doutora nem a mão na minha filha encostou. Simplesmente, me perguntou o que ela estava sentindo e fiquei horas aguardando o atendimento”.
Segundo ela, a Bárbara ficou apenas 12 horas internada no HPM e foi a óbito, na manhã de segunda-feira (5). Ainda segundo Raiane, os médicos não deixaram ela ter acesso ao prontuário e os profissionais não souberam informar a causa da morte da Bárbara. Ela declarou ainda que, uma das médicas aplicou diazepan e acredita que o medicamento pode ter provocado a morte, já que a criança teve reação fatal.
Emocionados, ao mesmo tempo revoltados, os familiares conversaram com a reportagem: “Como pode uma Saúde de milhões não ter exames decentes, não ter médicos capacitados para atendimento da população? Se o hospital não tem capacidade para atender, encaminhasse para outro hospital.
O corpo de Bárbara foi sepultado na manhã de terça-feira (6), às 11h30min, no Cemitério Memorial Mirante da Igualdade.
Em nota, a assessoria de comunicação informou que, a unidade de saúde instaurou Sindicância Interna para análise do atendimento e aguarda confirmação da causa da morte pelo Serviço de Verificação de Óbito do IML. A assessoria disse ainda em nota que, toda assistência necessária foi prestada à paciente. “O quadro da paciente evoluiu de forma rápida, mesmo diante do atendimento prestado pelos três médicos pediatras que assistiram o caso”, informou a prefeitura.