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Sem efetivo necessário  na delegacia de Macaé, atendimentos e serviços burocráticos são afetados e comprometem o trabalho da Civil - Wanderley Gil 

Delegacia recebia reforço no atendimento por parte de oito servidores cedidos da prefeitura que acabou rompendo a parceria 

Localizada no Centro de Macaé, a 123ª Delegacia de Polícia de Macaé ostenta um título de funesto.  O único órgão da Civil instalada na cidade vem registrando diversos casos de crimes que engrossam a estatística, principalmente nos segmentos de roubos a estabelecimentos comerciais , veículos e pedestres, homicídios, furtos,  e feminicídios. Crimes como estes acendem a luz vermelha e tem alertado as autoridades para tentar frear a estatística.
Na semana passada, em que a reportagem do jornal O DEBATE visitou ao local, as vítimas e testemunhas de diversos crimes faziam fila  à espera de atendimento por parte dos profissionais. Até o meio do mês passado, a 123ª DP contava com o trabalho de oito servidores da prefeitura de Macaé, que foram cedidos para o local para prestar serviço administrativo e no atendimento. Porém nos últimos dias do mês, os servidores retornaram para a administração municipal e o atendimento na única delegacia  está bastante comprometida, já que é a única na cidade que atende 254 mil habitantes.
Com a falta de efetivo, o problema tem gerado questionamentos  por parte dos moradores que ali buscam informação e atendimento burocrático.  Desde então, os inspetores da Civil estão sobrecarregados, que além de confeccionar o Boletim de Ocorrência (B.O) , os profissionais agora se desdobram para atender ao público.
Segundo informações,  em média são registradas de 50 a 60 ocorrências por dia no local, e o atendimento leva de cinco  a seis horas.
Segundo moradores que dependiam do atendimento na delegacia, um inspetor chegou a pedir para que, quem pudesse, retornasse para a casa e fizesse o registro online. Sem resposta, chamou nome por nome, explicando quais casos poderiam ser resolvidos pela internet. – entre eles ocorrências de violência doméstica.
Mas enquanto as soluções não chegam na prática, o que se percebe é a má prestação de serviços a quem depende do órgão.  A equipe de reportagem do jornal O DEBATE entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro para saber o motivo do rompimento da parceria da delegacia com a prefeitura e se existe projeto para a realização de concurso ou contratação. Porém o órgão preferiu não se pronunciar e solicitou que entrasse em contato com a administração municipal, que também preferiu não comentar o ocorrido.