O montante arrecadado pelo ex-presidente consta de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à CPMI de 8 de Janeiro

Neste sábado, 29, foi afirmado ao Estadão pelo advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Admar Gonzaga, que não está “preocupado” com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizar parte da vaquinha de R$ 17,1 milhões recebida por Pix para quitar multas junto ao Estado de São Paulo. O montante arrecadado pelo ex-presidente consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que foi enviado à CPMI em 8 de Janeiro.

No relatório do Coaf, constatou-se que 18 pessoas, entre empresários, militares, agricultores, pecuaristas e estudantes, realizaram pagamentos que variaram de R$ 5 mil a R$ 20 mil ao ex-presidente, incluindo Admar Gonzaga, que doou R$ 5 mil. Em entrevista ao Estadão, o advogado afirmou que Bolsonaro deve utilizar o dinheiro “da forma como ele bem entender”.

Admar Gonzaga, que é amigo do ex-presidente, já representou Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) no início de sua carreira política, garantindo na Justiça o direito do filho do presidente de concorrer ao cargo de vereador aos 17 anos, em 2000, tornando-se o mais jovem vereador da história do Brasil.

Apesar da arrecadação significativa, Bolsonaro não quitou suas multas. O registro de débitos inscritos na dívida ativa paulista indica que o ex-chefe do Executivo brasileiro possui sete multas na Secretaria de Saúde do Estado, totalizando uma dívida de mais de R$ 1 milhão. No entanto, Admar Gonzaga não vê problema na situação.

“Ele vai pagar na hora que ele entender que esgotou os recursos judiciais cabíveis como qualquer cidadão. Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa”, afirmou o advogado.

Por portal Novo Norte