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Estado do Rio receberá R$ 50 bilhões com encerramento de 21 plataformas na Bacia de Campos

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Dados foram informados pelo secretário de Estado de Desenvolvimento e Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão

Boas notícias para o estado. Nos próximos quatro ou cinco anos, o Rio de Janeiro deverá receber R$ 50 bilhões em investimentos com o encerramento definitivo de 21 plataformas de petróleo antigas na Bacia de Campos. Todas as 21 unidades que serão encerradas definitivamente pertencem a Petrobras ou estão a serviço da empresa, de acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento e Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão.

“A atividade deve gerar 50 mil postos de trabalho, algo importante para o estado, o maior produtor brasileiro de petróleo. Esse encerramento definitivo de plataformas, que deverá demandar investimentos da Petrobras, sobressai-se pelo grande número de unidades que serão descomissionadas em um mesmo período, na medida em que muitos campos começam a ficar esgotados”, detalhou Tristão.

O secretário ressalta que não haverá perda de arrecadação do Estado, já que a produção no pré-sal está em franco crescimento. “O mais interessante é que tudo isso não vai influenciar nem na arrecadação dos royalties, nem na produção de petróleo, porque o pré-sal acaba de jorrar óleo e gás”, afirma o secretário, destacando a alta produtividade de poços da importante província produtora, diferentemente de muitas áreas da Bacia de Campos, já em declínio.

As petroleiras são obrigadas a realizar o chamado descomissionamento de plataformas – que prevê atividades de desinstalação e desmontagem de equipamentos – quando a atividade em um campo deixa de ser viável ou então quando a vida útil da unidade de produção chega ao fim.

Ao realizar um descomissionamento, a petroleira precisa restabelecer as condições originais do local onde foi instalado o equipamento.

Amadurecimento dos campos

Em meio ao cenário de mais campos de petróleo e gás esgotados, a ANP deverá publicar, até outubro, uma atualização da regulamentação para desativação de instalações, devolução de áreas, alienação e reversão de bens.

O objetivo da revisão das regras existentes, criadas em 2006, é adequá-las aos demais regulamentos de segurança operacional e meio ambiente, editados posteriormente à sua publicação, e à Lei de Partilha de produção.

Tristão vê o ambiente como uma oportunidade para desenvolver uma nova indústria associada ao petróleo e gás no Rio de Janeiro. “Nós já estamos nos preparando para receber esses projetos. O Estado quer se colocar como uma referência no descomissionamento de plataformas, cumprindo regras ambientais mundiais, atendendo a preservação do meio ambiente, da fauna e da flora marítima”.

Tristão ressaltou que o segmento de descomissionamento no Rio poderá até mesmo ir além das plataformas de petróleo. Segundo ele, há cerca de 100 embarcações abandonadas na Baía de Guanabara, que demandariam serviços de descomissionamento para dar um fim adequado a esses equipamentos.

2 COMENTÁRIOS

  1. Deco Bamba
    Enquanto RJ celebra esta notícia estranha, Macaé tem mais que se preocupar com isto. O Tepor tem que sair antes de começar esta faina de desmobilização. Em termo de emprego, Macaé pode não ter muita geração pois os serviços executados na desmobilização de poços são plenamente absolvidos pela capacidade atual das firma instaladas em Macaé. Por que? Porque a desmobilização não é algo simultâneo mas ao longo de anos. A Petrobrás não pode aplicar U$12B em desmobilização ao curto prazo mas em médio e longo prazo. Esta fato também implica que não serão gerados 50mil empregos simultâneos. Serão muito menos do que isto durante médio e longo prazo.
  2. Deco Bamba
    Obviamente é notícia politiqueira. Vou dar o primeiro exemplo de uma unidade ancorada. A retirada de risers e flowlines assim como do sistema de ancoragem já faz parte do dia a dia da Petrobras. É somente uma extensão contratual do que existe hoje sem cria muito empregos. A unidade uma vea totalmente descomissionada pode ser vendida direto para um "Ship Breaking" da Índia, Bangladesh ou Paquistão. Unidade tipo Jaqueta. Também não gera muitos emprego. Para quem gosta de história do passado,veja as notícias de como foram retirados os módulos de enchova que pegaram fogo: rápido e rasteiro. A Jaqueta pode ser retirada ou deixada in loco. São bons viveiros de peixe. Para retirar, tem embarcações como Pioneering Spirit, Sleipnir que retiram estas estrutura sem grandes traumas.Há tem mais uma contradição política . Estas obras não ocorrem simultaneamente, jogo não geram empregos simultâneos.