A mais recente demissão foi a do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda
A desconfiança multifatorial do presidente Lula (PT) com as Forças Armadas vai atingindo níveis mais altos na escalada. Neste sábado (21), o petista exonerou o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, indicado por Lula ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), em dezembro. Somando todas as demissões de militares em três semanas de governo, o número já passa de 80. Todos com cargos no governo federal.
Quatro dias após as manifestações radicais que depredaram prédios dos Três Poderes da República, no Distrito Federal, Lula afirmou, em café da manhã com jornalistas no Planalto, que estava convencido de que a porta da sede do governo federal não foi arrombada, mas aberta para que os “manifestantes golpistas” entrassem. Neste momento, o petista evidenciou que acreditava na existência de “gente das Forças Armadas aqui dentro conivente” com os atos hostis.
No dia seguinte, quarta-feira (18), outros 13 membros das Forças Armadas foram dispensados. Na quinta (19), mais nove demissões, todas no setor de Segurança Institucional. Na sexta (20), mais um militar do GSI foi desligado. Total de 23 em apenas três dias. Neste sábado (21), foi a vez do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda.
E para não restar nenhuma dúvida da briga que Lula está comprando com os militares, em entrevista à GloboNews, na última quarta-feira (18), o petista afirmou que “quem quiser fazer política, que tire a farda, renuncie a seu cargo, crie um partido político e vá fazer política”, jogando gasolina na fogueira.
Por Portal Novo Norte