A retórica de Lula, segundo o editorial, parece ignorar a complexidade do cenário geopolítico e as ações do Hamas, tanto contra Israel quanto contra seu próprio povo.

O Estadão parece tentar se distanciar do apoio cego que devotou a Lula nos últimos 4 anos. Em editorial publicado nesta quarta (15) uma crítica contundente foi direcionada ao petista em relação às suas declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas. Lula classificou as ações de Israel como “terroristas”, enfocando a situação de mulheres e crianças, uma posição que, segundo o editorial, demonstra uma falta de compreensão da complexidade do conflito. Esta posição é vista como um reflexo do alinhamento ideológico da esquerda, que frequentemente encara o Hamas como um movimento de resistência contra o que considera colonialismo israelense.

O artigo também questiona a compreensão de Lula sobre o uso de civis, incluindo crianças, como escudos humanos pelo Hamas e os impactos disso nos ataques israelenses. Além disso, critica a posição de Lula em não reconhecer os objetivos declarados do Hamas contra Israel e os judeus. A retórica de Lula, segundo o editorial, parece ignorar a complexidade do cenário geopolítico e as ações do Hamas, tanto contra Israel quanto contra seu próprio povo.

Finalmente, o editorial destaca uma tendência de Lula e setores da esquerda em apoiar regimes e grupos que se opõem ao Ocidente, independentemente de suas práticas. Esta perspectiva se alinha com uma visão mais ampla de Lula sobre o mundo, onde a luta ideológica tem precedência sobre outros fatores, incluindo direitos humanos e democracia. Este padrão de comportamento é comparado com a resposta de Lula a outras crises internacionais, como a agressão russa contra a Ucrânia, e seu apoio a regimes autoritários.

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