Polícia vai investigar como os assistidos fugiram do abrigo e o motivo da evasão, na noite da última quinta-feira (31)

Talita de Miranda Soares, de 10 anos, e Gabriel Monteiro Correia, de 7 anos, morreram na madrugada de sexta-feira (1°), na comunidade das Malvinas

Duas crianças, identificada como Talita de Miranda Soares, de 10 anos, e Gabriel Monteiro Correia, de 7 anos, morreram durante um incêndio na madrugada desta sexta-feira (1°), por volta das 2h30min, dentro um imóvel, na comunidade das Malvinas, em Macaé.

Segundo informações, cinco menores fugiram do abrigo Centro Municipal de Atenção à Infância e à Adolescência (CEMAIA), na noite da última quinta-feira (31), que funciona no bairro Imbetiba.

De acordo com o Conselho Tutelar do município, o pai de Talita ganhou a guarda da filha, e quando foi buscá-la no abrigo a menor teria evadido do Cemaia. Ainda de acordo com o órgão, além de Talita e Gabriel, outras três crianças assistidas do Centro Municipal também fugiram do abrigo juntamente com a dupla.

Informações preliminares apontam que, os cinco foram para a comunidade das Malvinas e ficaram dentro desse imóvel, e foi quando de repente as chamas começaram a consumir o local e o incêndio foi tomando grande proporção.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas foram controladas pelos moradores da comunidade que tentaram resgatar todos os menores, sendo que três foram salvos, e dois morreram carbonizados.

Os corpo de Talita e Gabriel foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, por volta das 6h da manhã. Bastante fragilizada, as famílias não quiseram falar com a imprensa.

O caso foi registrado na 123ª DP de Macaé, e a polícia investiga como as crianças fugiram do abrigo. Sobre a causa do incêndio dentro do imóvel, o Corpo de Bombeiros não soube responder o que teria motivado essas chamas. Segundo informações, não existia nenhuma responsável na casa.

CEMAIA – O abrigo é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, dá amparo e proteção, atualmente, a aproximadamente 30 crianças e adolescentes em situação de risco social. Entre os abrigados estão as mais diversas situações de vulnerabilidade social: abuso sexual, violência física ou mental, condições de rua, entre outras mazelas. A prefeitura afirma que, oferece todo o suporte para que o assistido possa superar as dificuldades apresentadas nesta fase da vida que é tão delicada. O atendimento é feito por uma equipe interdisciplinar formada por assistentes sociais, psicólogos e pedagogo, além de 18 orientadores sociais.