Dr. Gleison Guimarães explicou os estágios do novo coronavírus e a sua relação com os pacientes portadores de comorbidades - Divulgação

‘Tem como saber se farei forma leve ou grave da COVID-19?’, foi tema da live do médico pneumologista na noite do último domingo (08)

Em live realizada através do seu Instagram na noite do último domingo (07, Dr. Gleison Guimarães, médico pneumologista, explicou os estágios do novo coronavírus, a sua relação com os pacientes portadores de comorbidades e os principais sintomas da doença.
Segundo Dr. Gleison, a infecção em sua maioria causa, de 80% a 90% das vezes, uma doença leve, assintomática ou oligossintomática, fazendo com que algumas pessoas nem saibam que estão contaminadas pelo vírus SARS-Cov-2. “A grande questão é saber do indivíduo que está sintomático, seja com febre, tosse, diarreia, mal estar, dores no corpo, falta de apetite, alteração no paladar e olfato, quando começou a apresentar os sintomas”, declarou.
O médico destacou que para saberem se os pacientes desenvolverão a doença em forma leve ou grave, os artigos científicos dividiram de forma didática para entendimento sobre as fases da doença e quais se devem preocupar mais, como do 7º ao 12º dia, em marcadores prognósticos, para que se possam fazer uma avaliação sobre a relação do vírus no indivíduo.
“Se determinado paciente evoluir grave mesmo estando assintomático, será preciso internar ou ir para o hospital fazer uma avaliação mais criteriosa, já que ainda não existe uma medicação que seja muito combativa na carga viral. Quanto maior a carga viral, maior é a forma grave da doença”, pontuou.
O pneumologista revelou que, diante de alguns estudos chineses, os indivíduos com forma grave da doença, chegam a ter 60 vezes mais carga viral do que os indivíduos com formas leves, ou seja, o atendimento a esses deve ser mais precoce.
De acordo com Dr. Gleison, a doença também é dividida em blocos. O clínico, onde é feito a pesquisa de sinais e sintomas e a pesquisa das comorbidades, para identificar quem é o paciente que está doente. Entre os fatores clínicos, o primeiro é saber a idade, visto que é um forte fator de gravidade, pois quanto maior a idade, mais grave será a doença nesse indivíduo e, a obesidade, já que possuem três vezes mais chance de ter doença grave e, se portar esteatose hepática, essa chance dobra, sendo seis vezes mais.

“Outras comorbidades que requerem atenção são, hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença renal e hepática crônicas, as doenças pulmonares como pneumopatia e, principalmente, a obstrutiva crônica, que torna o ser bastante vulnerável, as imunossupressões e doenças cardiovasculares. Além disso, fumantes, portadores de bronquite e enfisema pulmonar, tem quatro vezes mais chance de fazer forma grave”, salientou.
O médico ressaltou que ainda no bloco clínico, é preciso se atentar aos sintomas que o paciente portar. A febre que se mantém e a tosse seca, indiscutivelmente, são dois sintomas graves. Outro sintoma que requer cuidado é a diarreia, já que se for frequente, acabará desidratando demais o paciente.
“O estado febril de quem está com COVID-19 é entre 37,2 e 38,5, visto que o vírus não estoura uma temperatura corporal. Além da febre, se atentar à tosse é importante, principalmente às tosses intensas, como uma crise de asma. Geralmente é um sinal de acometimento da fase 2 da doença”.
Dr. Gleison destacou ainda que se o indivíduo apresentar esses sintomas, procurar ajuda médica é fundamental e, não somente se apresentar falta de ar, como anteriormente. Além disso, explicou sobre o bloco laboratorial, onde os exames são realizados para acompanhamento das taxas em meio ao vírus, elucidou ainda o cuidado sobre as doenças cardíacas, coagulação sanguínea e oxigenação do doente.