A Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, está considerando a possibilidade de invadir a Guiana para assumir o controle da região de Essequibo, que compreende mais de 60% do território guianense

Em resposta à crescente tensão entre Venezuela e Guiana pela região do Essequibo, o Ministro da Defesa do Brasil, José Mucio, anunciou reforços nas Forças Armadas na cidade de Pacaraima, Roraima. Essa medida foi tomada após o senador Hiran Gonçalves (PP) expressar preocupação com um possível conflito armado na área. Pacaraima, por sua localização estratégica, é fundamental para o acesso ao território disputado. A região de Essequibo é rica em recursos naturais, incluindo grandes reservas de petróleo, e tem sido motivo de um longo embate entre as duas nações.

A Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, está considerando a possibilidade de invadir a Guiana para assumir o controle da região de Essequibo, que compreende mais de 60% do território guianense. Maduro convocou um referendo para 3 de dezembro, buscando apoio popular para a criação de uma nova província denominada Guayana Esequiba. Esta região, rica em recursos naturais, é atualmente reconhecida como parte da Guiana, mas Maduro propõe conceder nacionalidade venezuelana aos 125 mil habitantes locais.

Este conflito territorial tem raízes históricas, remontando a um laudo assinado pela França em 1899, que estabeleceu as fronteiras da Guiana, reconhecidas internacionalmente. Por outro lado, a Venezuela reivindica o território com base em um tratado firmado com o Reino Unido em 1966, antes da independência da Guiana. A disputa ganhou novos contornos após a descoberta de campos de petróleo na região pela ExxonMobil em 2015.