Segundo Rosana Valle, a trajetória política de Dino, marcada por mais de 30 anos de militância, levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária no STF.
A indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de críticas pela deputada federal e presidente do PL Mulher de São Paulo, Rosana Valle. Durante uma entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília nesta quinta (30), Valle expressou preocupações sobre a parcialidade de Dino, citando sua longa associação com o PT e seu envolvimento em campanhas eleitorais do ex-presidente Lula. Segundo a deputada, a trajetória política de Dino, marcada por mais de 30 anos de militância, levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária no STF.
Em resposta à indicação, parlamentares de oposição começaram uma mobilização para contestá-la. Um ato está programado para 10 de dezembro em Brasília, com o objetivo de impedir a efetivação de Dino como ministro do STF. Esta reação sublinha a divisão política em torno da escolha e intensifica o debate sobre os critérios de seleção para o mais alto tribunal do país.
Além de questionar a imparcialidade de Dino, Rosana Valle criticou o processo de indicação de ministros do STF. Em suas declarações, ela sugeriu a necessidade de revisão deste método, argumentando que não parece ser o mais democrático. A deputada mencionou a existência de “uma ditadura do Judiciário”, enfatizando a importância de se repensar a forma como os membros do Tribunal são escolhidos.